Lob�o lamenta transtornos causados por apag�es

O ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o, lamentou nesta quinta-feira os transtornos causados pelo que chamou de "perturba��es" no sistema el�trico, que vem ocorrendo desde a noite desta quarta-feira. Em entrevista coletiva ap�s reuni�o extraordin�ria do Comit� de Monitoramento do Setor El�trico (CMSE), Lob�o disse que o governo est� tomando todas as provid�ncias que devem ser tomadas em casos como esse.

"Lamento os transtornos que essas perturba��es sempre causam e que afetam a popula��o. Aqui mesmo em Bras�lia ocorreu hoje, afetou parte da cidade e inclusive o Minist�rio de Minas e Energia. Passamos por esses dissabores, mas tomamos todas as provid�ncias que, no �mbito de nossa al�ada, devem ser tomadas", afirmou o ministro.

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), Hermes Chipp, explicou que o problema come�ou em um transformador de uma das subesta��es de Foz do Igua�u, que recebeu uma sobretens�o e pegou fogo. A fuma�a e o fogo, de grandes propor��es, levaram ao desligamento de outros dois transformadores e de toda a subesta��o, por meio da qual a energia produzida pela usina de Itaipu � escoada.

Chipp destacou que, com o desequil�brio entre carga, consumo e produ��o, houve queda na frequ�ncia e um sistema autom�tico de al�vio de carga cortou cargas direcionadas para cinco Estados. Segundo ele, foram cortadas cargas consideradas menos essenciais que outras pelas distribuidoras, evitando a falta de energia para ramais que abastecem hospitais, metr�s e trens, por exemplo. "O sistema atuou corretamente. � como se fosse um esquema de emerg�ncia, que evitou um blecaute e uma ocorr�ncia maior, como em 2009", afirmou.

Chipp fez quest�o de ressaltar que as ocorr�ncias de quarta e desta quinta-feira n�o podem ser consideradas um apag�o. "Apag�o houve em 2001, quando houve racionamento de energia por um longo per�odo para recuperar reservat�rios e sair de uma situa��o de crise e racionamento", afirmou. O incidente de 2009, em que quatro Estados das regi�es Sudeste e Centro-Oeste tiveram a energia cortada de forma descontrolada, al�m de 10% do Estado de Minas Gerais, foi considerado um blecaute, explicou Chipp, "mas se querem chamar de apag�o, tudo bem".

J� as ocorr�ncias de ontem e hoje, segundo ele, foram desligamentos seletivos de cargas menos essenciais. "Esse tipo de desligamento controlado, para evitar um desligamento descontrolado, por meio de sistema emergencial, � completamente diferente."