O grupo Alimenta��o deve continuar influenciando a alta da infla��o esperada para os pr�ximos meses deste ano, segundo o economista da Funda��o Get�lio Vargas (FGV) Salom�o Quadros. Ele argumenta que altas registradas no atacado s�o aguardadas para o varejo. � o caso do arroz, que no atacado acumula alta no ano de 35,95%, enquanto no varejo avan�ou em propor��es bem menores, de 16,56%, considerando o mesmo per�odo de varia��o de pre�os.
O economista aposta em alta da infla��o de todo o grupo alimenta��o no varejo, captada pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IGP-DI), de pelo menos 1% em outubro. "Vamos acabar de absorver o choque agr�cola nos pr�ximos meses. Para no in�cio do ano que vem ver a infla��o recuar, porque vai vigorar a desonera��o da energia el�trica. � uma desonera��o grande para um item que tem peso grande no �ndice. Em contrapartida, a economia vai crescer. A tend�ncia � de eleva��o de pre�os. Em que intensidade, ainda teremos que observar", disse Quadros.
Para o economista, a infla��o voltou a ser prioridade para a equipe econ�mica do governo, em detrimento da preocupa��o com o aquecimento da atividade produtiva. Por isso, aposta que a Selic n�o ser� reduzida na pr�xima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom). "J� houve uma dose razo�vel de incentivo por parte do governo, com quedas consecutivas dos juros. Os benef�cios v�o se acumulando ao longo do tempo", disse.