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Estado de Minas

Economia dos EUA tem recupera��o decepcionante, diz FMI


postado em 08/10/2012 19:26

Embora n�o apresente um desempenho t�o ruim quanto o da zona do euro, a evolu��o recente do n�vel de atividade nos EUA n�o empolga e � vista como frustrante pelo Fundo Monet�rio Internacional (FMI). O relat�rio Perspectiva Econ�mica Mundial, divulgado nesta segunda-feira, em T�quio, aponta que o pa�s ainda est� com uma recupera��o incipiente do setor imobili�rio, com avan�o moderado do consumo, investimentos acanhados e elevado n�vel de desemprego. A boa not�cia � a expans�o gradual e continua da concess�o de cr�dito privado.

Para que ocorra uma melhora substancial das condi��es do mercado norte-americano, o FMI recomenda mais a��es monet�rias e fiscais. O Fed (banco central dos EUA) deve continuar o seu programa de ativos atrelados a hipotecas e � indispens�vel que os poderes Executivo e Legislativo definam um plano para saneamento das contas p�blicas nos pr�ximos anos. "� imperativo que as autoridades dos EUA devem lidar urgentemente com o teto da d�vida p�blica e o desfiladeiro fiscal, o que poder� afetar seriamente o crescimento no curto prazo", exorta o Fundo.

O FMI estima que o PIB dos EUA deve registrar uma expans�o de apenas 1,5% no segundo semestre de 2012, ritmo que deve subir aos poucos nos trimestres seguintes e chegar� � velocidade de 2 75% no final de 2013.

Al�m do incremento fr�gil do mercado residencial, o Fundo aponta que outros fatores colocam obst�culos s�rios para a recupera��o mais forte da demanda agregada, como as condi��es ainda apertadas do mercado de cr�dito e necessidade de consolida��o das contas p�blicas, dado que a situa��o fiscal do pa�s n�o inspira confian�a aos agentes econ�micos, sobretudo para estimular as empresas a voltar a investir com maior vigor.

O d�ficit alto, na mente do dirigente da empresas, alimenta a d�vida de que o governo poder� a qualquer momento elevar impostos, o que vai contra aos interesses de quem pretende aplicar recursos na compra de m�quinas ou ampliar suas f�bricas, diz o FMI. No curto prazo, a seca vai tamb�m afetar o PIB, aponta o Fundo, referindo-se � estiagem registrada em 2012, a que mais castigou o solo norte-americano nos �ltimos 56 anos.

Hiato do produto

A desacelera��o do n�vel de atividade nos EUA desde 2007 faz com que o pa�s apresente um hiato do produto muito amplo, pr�ximo a 4% do PIB em 2012, aponta o FMI. Essa diferen�a da taxa atual de crescimento e seu potencial � de 2,5% do Produto Interno Bruto tanto no Jap�o como na zona do euro. Mas, segundo o Fundo, tal folga muito grande na capacidade de produ��o no mercado norte-americano pode ser reduzida gradualmente com um programa s�lido no reequil�brio de longo prazo das contas p�blicas.


O Fundo n�o acredita que o desfiladeiro fiscal vai ocorrer em 2013 em sua plenitude, pois considera que as autoridades do governo federal e parlamentares em Washington v�o encontrar alguma solu��o em breve. Ao inv�s de cortar de forma abrupta 4% do PIB em gastos do Tesouro, o que levaria muito provavelmente o pa�s � recess�o em 2013, o Fundo Monet�rio Internacional prev� uma redu��o das despesas mais razo�vel, que vai reduzir o resultado negativo do Or�amento em 1,25% do PIB. Como o impacto sobre o n�vel de atividade dessa medida n�o ser� s�bito, o Panorama da Economia Mundial acredita que os EUA ter�o condi��es de crescer 2,2% neste ano e 2,1% em 2013.

Afrouxamento Quantitativo

O Fundo Monet�rio Internacional apoia a pol�tica de afrouxamento quantitativo sem limites adotada pelo Federal Reserve, cujo objetivo � cessar a inje��o de liquidez na economia norte-americana quando o desemprego estiver mais baixo. A terceira edi��o dessa pol�tica agrega a compra mensal de US$ 40 bilh�es de t�tulos atrelados a hipotecas, o que tem como foco principal reduzir os juros desses contratos e melhorar as condi��es do mercado imobili�rio.

O FMI tamb�m cita que o Fed vai manter a taxa b�sica de juros de 0% e 0,25% ao ano at� meados de 2015 sem manifestar nenhum sinal de reprova��o. Para o FMI, entre os principais riscos para a economia dos EUA no curto prazo est� o surgimento do desfiladeiro fiscal e do agravamento intenso da crise na zona do euro. Contudo, como o Fundo acredita que aquela regi�o econ�mica tem condi��es de sair da recess�o no pr�ximo ano, mesmo que fique relativamente estagnada com uma expans�o de apenas 0,2% do seu PIB, suas previs�es para a economia norte-americana n�o s�o catastr�ficas.

O crescimento abaixo do potencial do pa�s vai permitir que as press�es de alta da infla��o se reduzam, o que fez o Fundo diminuir suas proje��es feitas em abril para o indicador neste ano, de 2,1% para 2,0%, e em 2013, de 1,9% para 1,8%. O n�vel de atividade ainda morno deve colaborar para uma redu��o da estimativa do d�ficit das contas correntes, de 3,3% para 3,1% do PIB em 2012, enquanto a proje��o de 3,1% do Produto Interno Bruto n�o foi alterada para o pr�ximo ano.

Uma previs�o negativa, contudo, � relativa � taxa de desemprego, cuja m�dia deste ano deve permanecer alta, em 8,2%, e baixar pouco em 2013, para 8,1%. A nova previs�o � ainda maior que o patamar m�dio de 7,9% estimado pelo Fundo para os EUA no pr�ximo ano.


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