Uma t�cnica de extra��o que pode aumentar em mais de seis vezes as reservas de g�s natural do Pa�s ser� testada pela primeira vez nos pr�ximos meses, em Minas e na Bahia. Proibido em alguns pa�ses europeus e em discuss�o nos Estados Unidos, o fraturamento hidr�ulico (fracking, em ingl�s) � alvo de pol�mica por conta da falta de estudos sobre poss�veis danos ambientais - a t�cnica retira o g�s a mais de 1,5 mil metros de profundidade.
As principais preocupa��es referem-se � poss�vel contamina��o de len��is fre�ticos e a rela��o com o aumento da incid�ncia de terremotos. Nos EUA, a ag�ncia de prote��o ambiental (EPA) prometeu realizar um grande estudo, mas ainda n�o se posicionou sobre o g�s de xisto - rocha onde ocorre a extra��o.
No Brasil, a Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP) afirma que a extra��o ter� um acompanhamento melhor. "Esse problema aconteceu nos EUA porque cada Estado fez de um jeito. Estamos aprendendo com os erros deles", diz Olavo Colela, assessor da diretoria da ANP. De acordo com Colela, a t�cnica ser� implementada em um primeiro momento em tr�s bacias sedimentares: Vale do Parna�ba (MG), Parecis (MT) e Rec�ncavo (BA).
Nestas regi�es, a expectativa � de que se aumente as reservas de g�s natural no Pa�s em 208 trilh�es de p�s c�bicos (TCF) - atualmente, o total � de 32 trilh�es de TCF. Segundo a AIE, ag�ncia de energia norte-americana, este potencial colocaria o Pa�s na 10ª posi��o na lista de maiores reservas estimadas. Estados Unidos (8.620), China (1.275) e Argentina (774) lideram o ranking.