A recente alta da infla��o, que chegou a 0,57% em setembro, foi atribu�da principalmente aos efeitos da seca nos Estados Unidos sobre o pre�o dos alimentos. Mas especialistas perceberam uma tend�ncia mais preocupante no resultado do IPCA (�ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor).
A alta dos alimentos n�o � fen�meno isolado e passageiro. Segundo alguns economistas, a press�o inflacion�ria est� se espalhando e atingindo um n�mero cada vez maior de produtos e servi�os. Como a economia voltou a crescer, aumentou o risco de que a infla��o suba de patamar ou fique em um n�vel elevado por muito tempo - mesmo se os pre�os dos alimentos ca�rem.
Houve tamb�m maior dissemina��o da infla��o medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da Fipe. Em setembro, 462 itens respondiam por 38% da alta do IPC-Fipe e seis por 62%. J� na primeira quadrissemana deste m�s, a fatia dos 462 itens foi ampliada para 55% do �ndice.
"A trajet�ria de aumento do �ndice de difus�o no contexto atual de acelera��o da atividade � preocupante", diz a economista da Rosenberg Consultores, respons�vel pelo �ndice de difus�o, Priscila Godoy. Ela diz que a acelera��o do IPCA, que saiu de 0 08% em junho para 0,57% em setembro, foi desencadeada pelo choque pontual na oferta de produtos agr�colas provocado pela seca nos EUA.