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Estado de Minas

Compra de empresas nacionais por estrangeiras dobra


postado em 14/10/2012 08:43

A compra da Amil pela americana UnitedHealth, por quase R$ 10 bilh�es, anunciada na semana passada, coroou um ano recorde em aquisi��es de empresas brasileiras por grupos estrangeiros ou fundos de private equity tamb�m internacionais. Segundo levantamento da PwC, empresa de auditoria e consultoria, o n�mero de aquisi��es de participa��o majorit�ria ou minorit�ria em empresas nacionais por estrangeiros dobrou desde 2006, passando de 106 para 209, at� agosto.

Este ano, alguns nomes muito conhecidos do p�blico brasileiros foram vendidos para empresas ou fundos de private equity estrangeiros: a fabricante de cacha�a Ypi�ca, a rede de churrascarias Fogo de Ch�o, a rede de lojas de m�veis Tok&Stok, a empresa de alimentos Yoki e a rede de lojas de brinquedos PBKids, entre outros.

Consumo

O que caracteriza essa onda de compras por estrangeiros � que ela est� muito voltada para o segmento de bens de consumo, o com�rcio e os servi�os, que s�o a parcela da economia brasileira mais aquecida. “Os investimentos est�o indo onde h� crescimento” diz Patrice Etlin, s�cio para a Am�rica Latina da Advent International, empresa global de private equity com sede nos Estados Unidos.

Para Alexandre Pierantoni, s�cio da PwC, respons�vel por fus�es e aquisi��es no Brasil, “esse movimento de aquisi��es est� associado ao consumo da nova classe m�dia”. “O Brasil tem um mercado demandante, com car�ncia estrutural de servi�os, principalmente aqueles oferecidos pelo governo, como educa��o e sa�de”, afirma.

Ele aponta alguns dos principais segmentos de interesse dos estrangeiros: ind�strias de alimentos, de bebidas, cosm�ticos, higiene e limpeza e servi�os de sa�de e educa��o. O setor de infraestrutura tamb�m � visto pelos especialistas como alvo preferencial do capital internacional.

Mas incertezas e constantes mudan�as regulat�rias est�o travando algumas opera��es. “H� uma preocupa��o dos investidores com a incerteza sobre a mudan�a de regras e o grau de interven��o do governo nas concess�es”, diz Etlin. J� a �rea de bens de consumo na qual a interfer�ncia do governo � menor, est� mais desimpedida.

Tend�ncia

Para Luiz Aubert, presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq), “a venda de empresas brasileiras para estrangeiros faz parte de uma tend�ncia crescente de desnacionaliza��o da economia brasileira”. Ele acha que, nesse processo, h� perda em termos de tecnologia para o Pa�s.

A aquisi��o da Ypi�ca, anunciada em maio pela Diageo, maior destilaria do mundo (dona do u�sque Johnny Walker e da vodca Smirnoff) � um exemplo. O neg�cio foi fechado por R$ 940 milh�es e aconteceu ap�s um ano de negocia��es entre a empresa brit�nica e a fam�lia Telles, dona da cacha�aria.

J� a rede de lojas de m�veis Tok Stok foi adquirida pelo grupo americano Carlyle, por um valor estimado (oficialmente n�o foi divulgado) em R$ 700 milh�es. A transa��o foi anunciada em setembro.

O Carlyle, maior fundo de participa��o em empresas do mundo, com patrim�nio de US$ 156 bilh�es, est� atuando firme na �rea de consumo, varejo e servi�os no Brasil. Suas participa��es j� incluem, al�m da Tok&Stok, a operadora de turismo CVC e a rede de loja de brinquedos RiHappy, entre outras. E em junho deste ano, a RiHappy, j� controlada pelo Carlyle, anunciou a compra da concorrente PBKids. O valor da opera��o n�o foi divulgado.


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