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Estado de Minas

Retorno do BB deve cair 20%, prev� mercado


postado em 14/10/2012 09:37

A rea��o do mercado � press�o do governo sobre os bancos pode ser medida n�o s� pela derrocada das a��es dessas institui��es nas �ltimas semanas, mas pela expectativa de rentabilidade embutida no pre�o dos pap�is. Segundo esse c�lculo, feito a pedido do jornal O Estado de S. Paulo pela Rio Bravo Investimentos, o pessimismo � maior com o Banco do Brasil.

O valor da a��o do BB na �ltima quarta-feira (10) - em torno de R$ 22,50 - carregava uma expectativa de rentabilidade sobre o patrim�nio l�quido em torno de 16% ao longo dos pr�ximos trimestres. Como a rentabilidade do banco estava em 20,5% no fim do terceiro trimestre, significa dizer que, para os investidores o retorno deve cair cerca de 20%.

No caso dos bancos privados, a expectativa tamb�m � de retornos menores nos pr�ximos trimestres, mas em magnitude inferior � queda projetada para o BB. No Ita� e no Bradesco, o pre�o das a��es na quarta-feira (10)indicava uma rentabilidade sobre o patrim�nio na faixa dos 18%, n�vel semelhante ao do final do segundo trimestre - que tinha 18,8% para o Bradesco e 18,3% para o Ita�, segundo dados compilados pela Econom�tica.

“Os investidores veem Bradesco e Ita� em situa��o parecida, com rentabilidade pouco inferior � de hoje. No BB, a estimativa � pior por causa da interfer�ncia pol�tica do governo”, disse o analista da Rio Bravo respons�vel pelos c�lculos, Jorge Saab.

Ele se refere � press�o do governo Dilma para que BB e Caixa reduzam as taxas de juros, os spreads e as tarifas cobradas dos clientes, de forma a aumentar a concorr�ncia no setor.

O Santander � um caso � parte, porque o patrim�nio l�quido est� bastante elevado desde que a institui��o abriu o capital no Brasil, em outubro de 2009. Na pr�tica, � uma situa��o que reduz a rentabilidade, que � dada pela divis�o do lucro pelo patrim�nio l�quido. Por isso, a expectativa do mercado para o retorno do Santander � de melhora nos pr�ximos trimestres.

Panorama

O movimento do governo � apenas um dos fatores que t�m pressionado - e v�o pressionar - os bancos. O analista de institui��es financeiras do Goldman Sachs, Carlos Macedo, v� ainda 1) a redu��o da Selic para n�veis historicamente baixos, 2) a mudan�a no mix das carteiras de cr�dito dos bancos, que caminha para linhas de cr�dito longas e de menor risco, como imobili�rio e consignado; e 3) altera��o na estrutura de funding (financiamento) das institui��es.

“Estamos falando de mudan�as estruturais t�o ou mais profundas que as vividas pelo setor financeiro com o fim da infla��o”, sintetiza Macedo. Por tudo isso, ele avalia que, de fato, nos pr�ximos um ou dois anos, os bancos de varejo ver�o uma piora nos indicadores de rentabilidade. No entanto, ele mostra leve otimismo com a perspectiva de os grandes bancos nacionais se adaptarem a esse panorama.

A avalia��o est� amparada em fatores como a queda dos �ndices de inadimpl�ncia, em raz�o da prov�vel melhora da economia em 2013 e 2014; a evolu��o dos �ndices de efici�ncia das institui��es; e o ambiente mais favor�vel aos servi�os de intermedia��o financeira em raz�o da queda do juro b�sico para n�veis estruturalmente mais baixos.

“Acredito que, em um primeiro momento, os grandes bancos ter�o uma rentabilidade ao redor de 18%. Ap�s os ajustes para melhora da efici�ncia, podemos ver um avan�o para a casa dos 20%”, diz o analista.

Se a realidade caminhar na dire��o do que acredita Macedo, o setor banc�rio brasileiro continuar� com n�veis de rentabilidade superiores aos de seus pares internacionais. Segundo Jo�o Augusto Frota Salles, analista da Lopes Filho, as institui��es financeiras globais registram, em m�dia, retornos de 15%. Rentabilidade entre 18% e 20% ainda � muito boa”, disse. “O que o investidor precisa entender � que os retornos de alguns anos atr�s, que muitas vezes superavam 30%, n�o v�o mais ocorrer.”


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