A queda generalizada do d�lar no exterior pressiona a abertura do mercado dom�stico. Por�m, o recuo da moeda norte-americana no Brasil ao longo da sess�o poder� ser contido pelo pr�prio mercado, que voltou a trabalhar esta semana sob um forte prop�sito de interven��o do Banco Central para impedir a valoriza��o do real.
O d�lar futuro para novembro de 2012 abriu a R$ 2,0370, com leve queda de 0,10%. At� 9h41, esse vencimento oscilou entre m�nima de R$ 2,0365 (-0,12%) e m�xima de R$ 2,0395 (+0,03%). No mercado � vista, a moeda norte-americana come�ou a ser negociada no balc�o a R$ 2,0320, com baixa de 0,20% - na m�nima. At� 9h42, a m�xima foi de R$ 2,0340 (-0,10%).
Os agentes de c�mbio retomaram o compasso de espera por um novo leil�o de swap cambial reverso, opera��o equivalente � compra de d�lar no mercado futuro, desde que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmaram em T�quio no fim de semana que o governo e o BC v�o fazer tudo o que for necess�rio para que os efeitos da crise internacional n�o atinjam o Pa�s.
Para que volte a ocorrer uma atua��o oficial, no entanto, o d�lar teria de cair abaixo de R$ 2,03, que se tornou recentemente um piso informal da moeda, avaliou um operador de tesouraria de um grande banco nacional. O sentimento no mercado tamb�m � de que o BC poder� defender uma eleva��o do teto informal de pre�o do d�lar, dos atuais R$ 2,05 para entre R$ 2,08 a R$ 2,10, afirmou esse profissional.
Essa opini�o � compartilhada pelo economista Sidnei Nehme, da NGO Corretora. Segundo ele, o governo j� reduziu os juros, mas os sinais para 2013 ainda n�o s�o bons no contexto geral, porque n�o h� previs�o de uma conclus�o para a crise na zona do euro e o crescimento mundial poder� ser mais fraco. Por isso, afirmou o economista, o governo pode abrir o teto da banda informal de oscila��o, deixando o d�lar subir um pouco mais, at� R$ 2,10, para incentivar a ind�stria a aumentar a capacidade competitiva no exterior. De outro lado, uma subida do d�lar encareceria o produto importado aqui, abrindo espa�o para a ind�stria dom�stica, analisou o especialista.
"O BC avalia que o fraco desempenho externo vai trazer a infla��o para o ponto certo em 2013 e deve abrir o teto da banda cambial para incentivar a ind�stria porque 2013 pode ser repeti��o de 2012, j� que n�o se vislumbra solu��o definitiva para a Europa o crescimento deve ser menor nos EUA e China", comentou.
No exterior, o euro ultrapassou US$ 1,31 nesta quarta-feira, impulsionado pela decis�o da ag�ncia Moody's de manter o rating da Espanha em n�vel de investimento e a expectativa crescente de que a Espanha se prepara para pedir uma linha de cr�dito do fundo de resgate permanente da zona do euro, o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em ingl�s).
Em Nova York, �s 9h40, o euro estava em US$ 1,3127, de US$ 1,3054 no fim da tarde de ontem. O d�lar norte-americano tamb�m recuava em rela��o ao d�lar australiano (-0,30%), ao d�lar canadense (-0,37%) e ao d�lar neozeland�s ((-0,23%).