Apesar dos sinais de retomada do crescimento econ�mico, a frustra��o com a arrecada��o de impostos ser� ainda maior do que a prevista at� agora pelo governo. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a equipe econ�mica j� trabalha com a perspectiva de fechar o ano sem aumento real no volume de dinheiro recolhido pela Receita Federal.
A �ltima previs�o oficial indicava um aumento, descontada a infla��o do per�odo, de 1,5% no total arrecadado pelo Fisco com a cobran�a de impostos. Mas isso n�o deve ser alcan�ado porque a arrecada��o est� reagindo de forma mais lenta do que a atividade econ�mica, principalmente o Imposto de Renda cobrado das empresas.
No melhor cen�rio, os economistas do governo acreditam num crescimento real de, no m�ximo, 0,5% na arrecada��o. No in�cio do ano, a proje��o era de um avan�o de at� 5% frente ao volume recolhido em 2011.
Diante desse cen�rio de estagna��o das receitas, o governo deve oficializar o abatimento das despesas do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) da meta de super�vit prim�rio deste ano. O debate agora � quanto ao momento para realizar o an�ncio.
Na semana que vem, o Fisco anuncia que entraram algo em torno de R$ 748 bilh�es nos cofres p�blicos por meio do recolhimento de tributos entre janeiro e setembro deste ano. Esse resultado representa um avan�o real de pouco mais de 1% em rela��o ao registrado nos primeiros nove meses de 2011. Com isso, parte da equipe econ�mica defende a oficializa��o imediata do abatimento das despesas do PAC do esfor�o fiscal deste ano.
Ao abater as despesas do PAC, o governo jogar� a meta fiscal (a economia feita para o pagamento de juros da d�vida p�blica) para um valor equivalente a 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta, sem desconto, � de R$ 139,8 bilh�es, o que corresponde a 3 1% do PIB.