Mesmo que sejam concedidos para administra��o da iniciativa privada, os aeroportos de Confins e Gale�o (RJ) – pr�ximos na lista de licita��es – dificilmente ter�o as obras de expans�o conclu�das a tempo da Copa do Mundo de 2014. Isso porque os novos operadores s� assumiriam os terminais a poucos meses do evento esportivo, o que praticamente inviabilizaria qualquer obra de melhoria voltada para a competi��o mundil. At� l�, a Infraero continuar� a frente das obras de infra-estrutura aeroportu�ria que, no aeroporto internacional Tancredo Neves, em Confins, estacionaram na licita��o do Terminal 3, o “puxadinho”.
Disposta a desembolsar R$ 48 milh�es pela constru��o do terminal remoto, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu�ria viu as empresas interessadas no neg�cio desistir, uma a uma, e foi obrigada a suspender a licita��o. Nenhuma das sete concorrentes se dispuseram a cobrar o valor estipulado pela estatal. As propostas apresentadas variaram de R$ 79 milh�es a R$ 179 milh�es, valores que foram, no m�nimo, 65% superiores ao que a Infraero pretendia pagar.
Depois de v�rias solicita��es de desconto, o menor valor, de R$ 58,49 milh�es, foi apresentado pela Sial Constru��es. Com o impasse, novo edital ser� aberto t�o logo a licita��o seja reavaliada. Ainda assim, a estatal mant�m a expectativa de concluir a constru��o do puxadinho at� dezembro do ano que vem.
Quanto � possibilidade cada vez mais remota da iniciativa privada acelerar as obras para 2014, o subsecret�rio de Investimentos Estrat�gicos da Secretaria de Desenvolvimento Econ�mico do estado, Luiz Ant�nio Athayde garante que a programa��o de investimentos n�o est� subordinada � concess�o do aeroporto. “N�s teremos um conjunto compacto de obras at� o evento e se espera que isso atenda adequadamente o fluxo de turistas”, afirma ao citar a reforma do terminal 1, a constru��o do terminal 3 de car�ter provis�rio e a conclus�o dos novos acessos ao aeroporto.
Apesar disso, reconhece a import�ncia da licita��o para acelerar os investimentos p�s-Copa. “Oferecer� condi��es mais estruturadas para os investimentos que est�o previstos para que Confins atenda 20 milh�es de passageiros at� 2020”, acrescenta.
Modelo antigo
O modelo de concess�o dos aeroportos de Confins e Gale�o, no Rio de Janeiro – pr�ximos na lista de licita��es para a iniciativa privada – ser� semelhante ao usado no leil�o dos terminais de Bras�lia, Guarulhos (SP) e Campinas (SP). Para evitar uma debandada dos investidores, o governo abortou a possibilidade de a Infraero ter participa��o acion�ria de 51%, sendo o s�cio majorit�rio. “Quando o estado � o majorit�rio, acaba tendo um di�logo desigual no momento da negocia��o, deixando de ser parceiro e sendo dominante. O disp�ndio � muito alto por parte do investidor, para que o governo termine ditando as regras”, pondera o economista da Austin Rating, Felipe Queiroz.
As mudan�as devem se restringir a um acirramento das regras. Entre elas, os interessados devem comprovar experi�ncia na administra��o de aeroportos com movimento numa faixa entre 30 milh�es e 40 milh�es de passageiros por ano, em vez dos 5 milh�es do primeiro leil�o. Ainda poder� ser exigido que o vencedor do leil�o contrate executivos profissionais para administrar os aeroportos.