O d�lar manteve comportamento oposto � trajet�ria de alta apresentada no exterior na maior parte desta sexta-feira, assim como ocorreu na v�spera. A percep��o dos agentes financeiros � de que o mercado est� testando o Banco Central com o decl�nio do d�lar, que na cota��o � vista permanece abaixo de R$ 2,03, e cresce a expectativa de que o BC ir� rolar os contratos de swap cambial reverso que vencem em 1º de novembro.
O avan�o do d�lar no exterior, acompanhando decl�nio dos �ndices acion�rios em Nova York, expressa uma realiza��o de lucros mais intensa no caso das principais divisas de elevada correla��o com os pre�os das commodities, com exce��o do real, que mostra oscila��o limitada nos �ltimos meses em raz�o do forte controle do c�mbio interno.
A expectativa recente dos agentes financeiros tem sido por nova atua��o do Banco Central, com a aproxima��o do d�lar � vista em dire��o ao n�vel de R$ 2,020 e com o futuro rumando para R$ 2,030. No detalhe, estrategistas esperam que o BC fa�a a rolagem dos swaps reversos que vencem em 1º de novembro, que chegam a quase US$ 3 bilh�es. No est�gio atual, a avalia��o � de que n�o h� motivo para mudar a estrat�gia de atua��o, uma vez que a ind�stria ainda segue patinando. A mudan�a de estrat�gia, segundo os analistas, provavelmente vai ocorrer quando a recupera��o econ�mica for sustent�vel, e o BC precisar utilizar o c�mbio para ajudar a abrandar as press�es inflacion�rias.
No mercado dom�stico, o d�lar � vista fechou est�vel a R$ 2,028 no balc�o (0,0%). A oscila��o da moeda foi bastante estreita, sendo que o d�lar tocou R$ 2,030 na cota��o m�xima e bateu em R$ 2,027 na m�nima do dia. Na semana, o d�lar no balc�o acumulou baixa de 0,54%. Em outubro at� esta sexta-feira acumula queda de 0,05%. Mas, no ano, contabiliza alta de 8,51%.
O giro financeiro somava US$ 1,282 bilh�o (US$ 1,223 bilh�o em D+2) pouco depois das 16h30. Na BM&F, a moeda spot fechou em R$ 2,0269, com queda de 0,08%. No mesmo hor�rio, o d�lar para novembro de 2012 estava cotado R$ 2,032 (0,05%).
"O mercado est� testando se o piso informal para o d�lar continua em R$ 2,02 ou se estaria em R$ 2,03. Mas, com o BC quietinho nestes dias, est� demonstrando que o n�vel (desejado) � R$ 2,02", citou um operador. Uma estrategista considera que o principal risco para ativos brasileiros, particularmente para a moeda, � o desapontamento com rela��o ao crescimento econ�mico.
No ambiente internacional, os �ndices acion�rios foram abatidos por resultados corporativos trimestrais considerados desapontadores e preocupa��o com a Europa. Investidores citam desapontamento com o desfecho da reuni�o de dois dias encerrada nesta sexta-feira entre l�deres da Uni�o Europeia. Ainda, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, sinalizou que o pa�s n�o est� pronto para pedir um resgate. A eleva��o da avers�o ao risco no exterior impulsionou o d�lar ante in�meras divisas de alta correla��o com os pre�os das commodities. O d�lar Index, que mede a varia��o do d�lar ante uma cesta de seis moedas, manteve-se em alta nesta sexta-feira e mostrava avan�o de 0,34% perto das 16h30.