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Estado de Minas

Desemprego � destaque em confer�ncia nos EUA


postado em 21/10/2012 18:49

Uma mistura de pol�tica e neg�cios com �tica, direitos humanos e sustentabilidade permeou os tr�s dias de atividades da terceira confer�ncia global do One Young World (OYW), uma organiza��o sem fins lucrativos que vem sendo chamada de Davos J�nior, numa refer�ncia ao encontro anual de empres�rios e chefes de Estado na pequena cidade su��a para debater problemas globais. O OYW reuniu 1.300 jovens de at� 30 anos de todos os continentes que desenvolvem projetos e lideram iniciativas para enfrentar problemas globais em seus pa�ses.

O p�blico reunido em Pittsburgh, uma pacata cidade da Pensilv�nia acostumada a grandes eventos desde que sediou a reuni�o do G-20, em 2009, fez perguntas e debateu com nomes t�o abrangentes quanto os assuntos tratados no evento - de Bill Clinton � cantora brit�nica Joss Stone, do ex-secret�rio geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), Kofi Annan, ao badalado chef brit�nico Jamie Oliver, al�m do presidente do Barclays, Antony Jenkins, e do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.

O saldo foi uma preocupa��o recorrente com o aumento do desemprego e a falta de confian�a de profissionais com menos de 30 anos nas institui��es e nos pol�ticos de seus pa�ses. "N�o h� empregos para os jovens que saem das universidades, procurei durante meses e s� consegui um est�gio n�o remunerado", disse a portuguesa Joana Rebelo de Andrade, de 22 anos, formada em Comunica��o e Multim�dia.

Portugal � um dos pa�ses atingidos pela crise de d�vida soberana na zona do euro que recebeu ajuda externa de 75 bilh�es de euros do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comiss�o Europeia em maio de 2011.


Na semana passada, o governo portugu�s anunciou novas medidas de austeridade, incluindo uma eleva��o na al�quota do imposto sobre renda para at� 43%. Joana ap�ia as medidas como uma chance de fazer seu pa�s avan�ar. "� uma fase, e quando isso acabar o pa�s vai ser melhor para a minha gera��o. � dif�cil, mas vai passar", acredita.

Corrup��o


Em meio aos debates sobre transpar�ncia de governos e empresas para reverter a crise de confian�a nas institui��es, a corrup��o desponta como uma preocupa��o particularmente em pa�ses em desenvolvimento. Segundo uma pesquisa com 6.269 jovens de at� 30 anos em 12 pa�ses - incluindo o Brasil - realizada pelo One Young World em agosto deste ano, corrup��o � um impedimento ao acesso � educa��o para metade dos entrevistados.

Em pa�ses como Brasil e R�ssia, no entanto, os �ndices s�o em mais elevados: 80% no Brasil e 78% na R�ssia acreditam que a corrup��o limita o acesso � educa��o. "A corrup��o � a principal raz�o pela qual a R�ssia n�o consegue crescer de acordo com seu potencial", disse o qu�mico Konstantin Semishchenko, que desenvolve projetos para a Unilever em S�o Petersburgo. "Mesmo tendo sido aprovado e cumprido todos os requisitos, para obter meu diploma de doutorado em qu�mica um funcion�rio me disse que teria de pagar ou refazer os exames", relatou.

Com a crise econ�mica global desempenhando um papel-chave no aumento do desemprego e na falta de perspectivas profissionais entre os jovens, o sistema financeiro teve um papel de destaque nos debates do OYW. Um v�deo com imagens do movimento Occupy Wall Street , que se espalhou para diversas cidades mundo afora em setembro de 2011, abriu caminho para o mea-culpa do atual presidente do banco brit�nico Barclays, Antony Jerkins.

"Vou reformar o Barclays ap�s o esc�ndalo da Libor", disse o CEO do banco, que assumiu o cargo em agosto, ap�s a ren�ncia da diretoria da institui��o diante do esc�ndalo de manipula��o da taxa Libor pelo Barclays em junho deste ano. "Leis e regula��o n�o podem substituir o comportamento �tico que � exigido de grandes organiza��es", reconheceu.

O brit�nico Will Hutton, autor de v�rios livros sobre o papel do Estado e coordenador de uma s�rie de iniciativas adotadas pelo governo brit�nico para que o Estado pague pre�os justos no setor p�blico, resumiu o sentimento deixado pela crise financeira: "Permitimos que o sistema financeiro global fosse longe demais".

Segundo Hutton, a quebra de confian�a nas grandes corpora��es teve um impacto de 40% no crescimento do PIB do Reino Unido desde 2008, e nos EUA ele estima que esse impacto foi ainda maior, podendo chegar a 70%. (A jornalista viajou a convite do One Young World)


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