A ind�stria continua em trajet�ria de recupera��o, embora ainda com sinais de fragilidade, principalmente no que diz respeito ao investimento. � o que demonstra a pr�via da Sondagem da Ind�stria, segundo o superintendente adjunto de Ciclos Econ�micos da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), Aloisio Campelo. Como sinal positivo do resultado preliminar de outubro, o economista destaca o �ndice de Confian�a da Ind�stria (ICI), de 106,4 pontos, acima da m�dia hist�rica dos �ltimos cinco anos.
O �ndice de Situa��o Atual (ISA) passou a acompanhar a trajet�ria de avan�o do �ndice de Expectativa (IE), com alta de 2,3%, ap�s queda de 0,1% em setembro. Al�m disso, a pr�via da sondagem de outubro revela uma dissemina��o dos resultados positivos que, at� ent�o, estavam concentrados no setor automobil�stico, afirmou Campelo. O destaque na pesquisa divulgada nesta segunda-feira foi a categoria de intermedi�rios, que em meses passados reclamava especialmente da competi��o externa.
"Seja por causa das medidas do governo, seja em fun��o do c�mbio ou da recupera��o da demanda interna, a ind�stria apresentou melhora", afirmou o economista da FGV, ressaltando que a sondagem revela um conjunto de dados otimistas sobre a situa��o dos neg�cios, o que est� relacionado com a lucratividade e a melhora do ambiente para contrata��es e investimento futuro.
A ind�stria de bens de consumo dur�veis continua otimista, por�m a de bens de capital permanece em um ritmo mais lento do que as das demais categorias de uso. "Bens de capital ainda est� bem mais fraco, sinalizando que a ind�stria est� recuperando, mas que ainda h� sinais de fragilidade", sinalizou Campelo. Assim como os dados relativos ao investimento, tamb�m os dados sobre o mercado de trabalho refor�am a tese de que a ind�stria ainda n�o decolou completamente.
Quando questionado a respeito da inten��o de contrata��o, o segmento industrial continua respondendo da mesma forma que em mar�o deste ano, com ressalvas. "A ind�stria n�o desmobilizou m�o de obra no pior momento da economia para evitar custos e porque h� escassez de profissionais. Agora, tamb�m n�o contrata t�o rapidamente", argumenta o economista da FGV, que aposta no aumento da produ��o industrial no quarto trimestre deste ano, com expectativa de continuidade do crescimento nos pr�ximos seis meses.