O diretor-presidente da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS), Mauricio Ceschin, disse hoje que o �rg�o vai analisar casos em que a estrutura de sa�de deficit�ria de determinadas �reas t�m afetado a presta��o de servi�os dos planos de sa�de – sobretudo em rela��o ao cumprimento dos prazos m�ximos para marca��o de consultas e exames.
“Os prazos valem para todo o territ�rio nacional. O que a gente tem percebido s�o situa��es espec�ficas de algumas localidades que, para determinadas especialidades, est�o tendo dificuldades. Vamos analisar, ver se isso procede e ver que medida podemos tomar ou n�o em rela��o aos prazos. Mas a gente n�o tem combinado nenhuma mudan�a do ponto de vista de alterar prazos em fun��o de situa��es generalizadas”, explicou.
Ao participar de audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Sociais do Senado, Ceschin lembrou que as normas atuais preveem o encaminhamento dos benefici�rios para munic�pios vizinhos, caso a especialidade m�dica n�o esteja dispon�vel na cidade onde o paciente mora. Os custos de deslocamento devem ser pagos pela operadora do plano de sa�de.
“Podem acontecer situa��es em que nem no munic�pio vizinho ou nas localidades adjacentes h� esse recurso. Se isso for eventual ou alguma situa��o espec�fica, a ag�ncia pode analisar alguma exce��o. Se for generalizado, temos que analisar se aquela operadora tem condi��es de oferecer o produto para aquela popula��o”, disse. “N�o s�o muitos casos que vieram a n�s. Temos condi��o de analisar caso a caso”, completou.
Durante o debate, o diretor-presidente da ANS avaliou que o setor tem usado da chamada super utiliza��o de tecnologia, e que o fen�meno tem resultado em desperd�cio. Segundo Ceschin, 30% dos resultados de exames encomendados a laborat�rios conveniados, por exemplo, n�o s�o acessados pelos usu�rios.
“Se ele nem vai buscar o resultado, [o exame] n�o � necess�rio. A gente tem mostras, diversos indicadores, de que h� uma super utiliza��o de tecnologia que nem sempre � em proveito do benefici�rio. � nesse sentido que a gente precisa evitar desperd�cio”, explicou.
Dados da ANS indicam que passa de 49 milh�es o n�mero de usu�rios de planos m�dico-hospitalares, incluindo levantamento deste m�s. A expectativa do �rg�o � que, entre janeiro e fevereiro de 2013, os benefici�rios totalizem 50 milh�es. A ag�ncia contabiliza ainda 17 milh�es de usu�rios de planos odontol�gicos.