A zona do euro chamou a Gr�cia a "resolver assuntos pendentes", ao desmentir novamente, nesta quarta-feira, um acordo global com a troika de credores (FMI, UE e BCE) anunciado em Atenas, que permitiria ao pa�s receber uma parcela do resgate de 31,5 bilh�es de euros pendente desde junho.
"Tomamos nota dos avan�os em dire��o a um acordo integral entre Gr�cia e a troika", disse o chefe do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, em um comunicado divulgado nesta quarta-feira.
Contudo, convocamos as autoridades gregas a "resolver assuntos pendentes e finalizar as negocia��es com as institui��es da troika", acrescentou, ap�s a teleconfer�ncia dos ministros das Finan�as da zona do euro. Assim, todas as decis�es foram adiadas at� a reuni�o do Eurogrupo. "O Eurogrupo espera continuar os debates sobre o programa de ajustes na Gr�cia no dia 12 de novembro".
Pouco antes, a Comiss�o Europeia (CE) tamb�m havia rejeitado um acordo entre a troika e a Gr�cia, como tinha divulgado na v�spera o chefe de governo grego, Antonis Samaras.
Samaras anunciou um acordo com os credores internacionais sobre as novas medidas de austeridade exigidas no valor de 13,5 bilh�es de euros, em troca do desbloqueio da parcela seguinte do resgate, que garantir� a perman�ncia de Atenas na zona do euro.
"Hoje conclu�mos a negocia��o sobre as medidas (de austeridade) e o or�amento (2013)", disse o primeiro-ministro em um comunicado.
"Fizemos tudo o que pudemos (...) e alcan�amos melhorias importantes no �ltimo momento. Se este acordo for aprovado e se o or�amento for votado, a Gr�cia permanecer� na Eurozona e sair� da crise", destacou.
Esta n�o � a primeira vez que as autoridades gregas anunciam um acordo que mais tarde � desmentido por algum membro da troika. Alguns dias antes o ministro das Finan�as, Yanis Sturnara, anunciou o fim das negocia��es. Mas o BCE, o FMI e a Comiss�o n�o tardaram a negar o fato.
O governo da Gr�cia apresenta nesta quarta-feira seu projeto de or�amento para 2013, que inclui um novo e doloroso pacote de austeridade. Trata-se do terceiro or�amento de austeridade consecutivo, intensamente negociado h� quatro meses com a zona do euro e o FMI, para quem a manuten��o de sua ajuda financeira depende deste or�amento.
A Gr�cia precisa, antes do dia 16 de novembro, da parcela de 31,5 bilh�es de euros, pendente desde junho, para cumprir com seus compromissos. Mas o desbloqueio da ajuda est� condicionado a que Atenas tenha completado as medidas pr�vias exigidas.
O Eurogrupo tamb�m deve decidir se concede mais dois anos � Gr�cia, at� 2016, para alcan�ar uma meta de d�ficit abaixo de 3%. Contudo, a entrega destes fundos pode ser adiada se a Gr�cia n�o chegar a um acordo global com o Eurogrupo antes de 12 de novembro. Neste caso, volta a amea�a de um default.