A infla��o oficial, medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou outubro deste ano em 0,59%, a maior taxa desde abril (0,64%). A taxa � superior ao 0,57% de setembro deste ano e ao 0,43% de outubro do ano passado. O dado foi divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O IPCA � considerado a infla��o oficial por ser usada como base para as metas do governo.
Os alimentos foram os principais respons�veis pelo aumento da taxa de infla��o de setembro para outubro, j� que a taxa do grupo passou de 1,26% para 1,36% no per�odo. Entre os produtos aliment�cios que tiveram maiores altas de pre�os em outubro est�o a farinha de mandioca, que teve infla��o de 18,29%, e o arroz (9,88%). O grupo foi respons�vel por 54% do resultado do m�s, com impacto de 0,32 ponto percentual. As maiores altas foram vistas nas regi�es metropolitanas de Bel�m (3,05%) e Fortaleza (2,12%) e o menor avan�o, em Porto Alegre (0,93%).
O segundo maior impacto no IPCA foi do item carnes, com alta de 2,04% e impacto de 0,05 ponto porcentual, ap�s j� ter aumentado 2,27% em setembro. Em terceiro lugar no ranking, figurou o item refei��o fora do domic�lio, que aumentou 0,70% em outubro, um impacto no IPCA de 0,03 ponto porcentual, ap�s j� ter registrado alta de 0,74% no m�s anterior.
Outros grupos
A infla��o acelerou em outubro em seis dos nove grupos que comp�em o IPCA. Os alimentos tiveram o maior impacto sobre a taxa de 0,59% no m�s, mas n�o foram os �nicos vil�es. "N�o pense que foram s� os alimentos que aumentaram. Outros grupos tamb�m pressionaram a taxa", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de �ndices de Pre�os do IBGE.
Os aumentos de pre�os nos artigos de vestu�rio aceleraram a alta de 0,89% em setembro para 1,09% em outubro. Nos artigos de resid�ncia, a varia��o saiu de 0,18% em setembro para 0,37% em outubro.
No grupo transporte, a taxa passou de uma queda de 0,08% para uma alta de 0,24%, no per�odo. Houve influ�ncia do aumento de 0 75% na gasolina, que tinha ca�do 0,13% no m�s anterior. Tamb�m contribuiu a alta de 0,32% do autom�vel novo, que havia ca�do 0 08% em setembro. O conserto de autom�vel tamb�m subiu 0,32%, ap�s ter diminu�do 0,55% em setembro. J� o autom�vel usado ainda teve queda, mas menor - saiu de -1,62% em setembro para -0,17% em outubro.
Tamb�m registraram acelera��o os grupos sa�de e cuidados pessoais (de 0,32% em setembro para 0,48% em outubro), comunica��o (de 0,03% para 0,31%) e alimenta��o e bebidas (de 1 26% para 1,36%).
"Na verdade, quem ajudou a equilibrar a taxa (do IPCA) no confronto com o m�s passado foram itens e despesas ligados � habita��o. Foram itens administrados, como energia el�trica e �gua e esgoto, e tamb�m aluguel residencial, condom�nio e g�s de botij�o", explicou Eulina.
Houve desacelera��o nos grupos habita��o (de 0,71% para 0,38%), despesas pessoais (de 0,73% para 0,10%) e educa��o (de 0,10% para 0,05%).
O item empregados dom�sticos saiu de uma alta de 1,24% de setembro para queda de 0,16% em outubro, e recrea��o desacelerou a alta de 0,79% para 0,29% no per�odo, sendo respons�veis pelo resultado das despesas pessoais no m�s.
Acumulado
A infla��o oficial acumula taxa de 4,38% no ano, abaixo dos 5,43% registrados no mesmo per�odo do ano passado. No acumulado dos �ltimos 12 meses, a taxa est� em 5,45%, acima dos 5,28% registrados no per�odo de 12 meses encerrado em setembro. No �ltimo boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) na semana passada, o mercado financeiro apostava em um IPCA de 5,44% para 2012.
O IPCA � calculado pelo IBGE desde 1980, se refere �s fam�lias com rendimento de 01 a 40 sal�rios m�nimos e abrange nove regi�es metropolitanas, al�m de Goi�nia e Bras�lia. Para c�lculo do �ndice do m�s foram comparados os pre�os coletados no per�odo de 28 de setembro a 29 de outubro de 2012 (refer�ncia) com os vigentes entre 28 de agosto e 27 de setembro (base). (Com Ag�ncia Estado)