
O grupo alimentos e bebidas consolidou a principal press�o no �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA). Em outubro a infla��o avan�ou 0,47% na RMBH e 0,59% no pa�s. O �ndice nacional acumulado em 12 meses de 5,45% e, na Grande BH, de 5,67% superam a estimativa do mercado, que prev� taxa de 5,44% no fechamento do ano. H� 31 anos no mercado Andr� da Mata, dono da Boutique da Carne, na Regi�o Sul de Belo Horizonte, j� recebeu aviso de seus fornecedores que a partir do dia 15 os pre�os das carnes ser�o corrigidos. Ele explica que a oferta n�o � suficiente para responder � demanda da �poca e o comportamento do consumo faz os pre�os crescerem em patamares recordes. “No Natal a procura pelo fil�- mignon, por exemplo, cresce a uma propor��o de tr�s por um. N�o h� oferta para responder � demanda.”
Pesquisa do Mercado Mineiro aponta que nos supermercados de Belo Horizonte o pre�o m�dio do fil� mignon � de R$ 42,40. Uma alta de 20% elevaria o valor em R$ 8,48, j� nas casas de carne onde o pre�o m�dio � de R$ 27,33 a alta seria de R$ 5,4. H� 15 anos no mercado, o propriet�rio do Buf� Churrasco de Minas, Rodrigo Moran Fernandes, diz que tradicionalmente o mercado j� espera pela alta que chega aos produtos a partir de novembro. Segundo ele, a picanha chega a acumular valoriza��o de 20%, mas o que mais dispara nessa �poca s�o os su�nos. “Em dezembro o pre�o do lombinho chega a subir 40%”, apontou.
No pasto Douglas Coelho, consultor da Scot consultoria especializada no mercado agropecu�rio aponta que os frigor�ficos j� sentiram a redu��o das escalas de abate. “O mercado do boi gordo deve seguir firme e h� espa�o para novas altas at� dezembro.” O m�s abriu com alta de 2% no valor da arroba em S�o Paulo e cerca de 1% em Belo Horizonte. Os pre�os m�dios, que variam entre R$ 96 e R$ 98, j� s�o estimados em R$ 100 no fim do ano pelo mercado futuro.
Otimista, Pedro Montalv�nia, propriet�rio do Frigor�fico Montalv�nia, na Regi�o Central de Belo Horizonte, diz que o pre�o do fil�-mignon, hoje comercializado por R$ 27,90, deve avan�ar 8% at� o Natal, atingindo R$ 30. “Existe uma boa oferta do produto e o consumo da popula��o est� contido”, diz.
Mais press�o sobre pre�os na capital
Em Belo Horizonte a infla��o medida pelo IBGE em outubro foi pressionada pela alta de 1,33% do grupo alimentos e bebidas, mas os transportes tamb�m pressionaram o custo de vida. No pa�s as passagens a�reas vem apresentando quedas constantes enquanto na Grande BH o percentual faz o caminho inverso e registra forte alta.
O grupo transportes que havia fechado em queda de -0,61% em setembro cresceu para 0,81% em outubro. No m�s passado houve queda de 1,13% nos pre�os no item ve�culos pr�prios enquanto em outubro o resultado foi um aumento de 0,69%. As redu��es nos pre�os da gasolina (-0,50%) e no etanol (-1,33%) em setembro foram substitu�das por aumentos de, respectivamente, 0,93 e 0,69%.
As passagens a�reas registraram alta de 15,52% em outubro, ap�s um aumento de 5,55% em setembro. “A alta das passagens a�reas na RMBH segue tend�ncia contr�ria � do pa�s. Ve�culos e motos tamb�m mostram que os efeitos da pol�tica de redu��o de impostos j� n�o s�o relevantes”, comenta Antonio Braz, analista do IBGE em Minas.
Em baixa Aliviando o custo de vida, os servi�os pessoais tiveram redu��o de -1,26% em setembro ap�s aumento de 1,86% no m�s anterior, por conta da redu��o de 1,68% na despesa com empregados dom�sticos. A alta sazonal dos alimentos no Natal, na opini�o do analista Antonio Braz, n�o deve fazer com que a infla��o no fechamento do ano fuja das previs�es do Boletim Focus (Banco Central) que projeta para o pa�s uma taxa de 5,4%.