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Estado de Minas STATUS NOS NEG�CIOS

Certifica��o por indica��o geogr�fica agrega valor ao queijo, mas agricultor ignora


postado em 11/11/2012 07:31 / atualizado em 11/11/2012 08:14

Na teoria, era para ser a oportunidade de ouro para produtores rurais mineiros ampliarem seus neg�cios, mas na pr�tica, a certifica��o por indica��o geogr�fica tem despertado o interesse de pouqu�ssimos, que n�o deixam de ampliar seus neg�cios. Criada para dar mais status a produtos t�picos do pa�s, como � feito rotineiramente no exterior, a titula��o � recente no Brasil e, devido � falta de conhecimento, muitos t�m deixado de lado a busca pelo selo. Enquanto isso, aqueles que obtiveram o reconhecimento conseguem agregar mais valor para explorar mercados fora de Minas e, principalmente, no exterior.

O primeiro t�tulo concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) a um produto mineiro foi dado em 2005. O m�todo como o caf� � produzido em 55 munic�pios do cerrado de Minas foi aprovado. � �poca, o reconhecimento era uma forma de o estrangeiro valorizar o produto t�pico, como � feito com o charuto cubano, vinho italiano, queijos franceses, holandeses, italianos e su��os e milhares de produtos mundo afora. Passada quase uma d�cada, no entanto, somente 200 dos cerca de 5 mil produtores da regi�o ( 4%) estampam o selo no produto, segundo o Conselho das Associa��es dos Cafeicultores do Cerrado (Caccer).

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Um desses produtores � o empres�rio do Grupo Jatob�, Thiago Veloso da Motta Santos, respons�vel pela marca Sollo. De olho num mercado cada vez mais exigente, ele acredita que o selo � uma forma de ter um diferencial para o consumidor: a garantia de que aqueles gr�os s�o mesmo produzidos com especifica��es pr�prias. No caso do caf� do cerrado, al�m de estar numa �rea demarcada, � necess�rio ser do tipo ar�bico; plantado em altitude superior a 800 metros; usar um armaz�m credenciado, respeitar leis ambientais e sociais e, por �ltimo, somar pelo menos 80 pontos na nota de qualidade da Associa��o Americana de Caf�s Especiais. “� um selo extremamente importante para delimitar a regi�o produtora. � uma regi�o �nica no mundo. J� consagrada como elevad�ssima qualidade dos caf�s, assim como os vinhos portugueses e outros tantos produtos”, afirma o produtor, que, al�m do selo nacional, tem uma certifica��o internacional de sustentabilidade emitida pela Rede de Agricultura Sustent�vel e outra pela maior rede de cafeterias do mundo, a Starbucks.

A marca � exportada para os Estados Unidos, a Europa e o Jap�o e a tentativa � de abrir o mercado chin�s. Segundo o empres�rio, devido � difus�o de outros t�tulos no exterior – a China tem mais de 4 mil indica��es geogr�ficas, por exemplo –, o selo nacional se torna um diferencial para facilitar a abertura de portas, enquanto no Brasil clientes mais sofisticados procuram a certifica��o. Apesar de n�o saber quantificar quanto a mais o selo incrementou no valor do produto, o empres�rio reafirma que sem d�vida ele � um fator preponderante para a marca. “Principalmente para consumidores de caf�s finos. A indica��o geogr�fica � chave para conquistar esse p�blico”, relata Thiago Veloso.

Argumento de venda


No caso do caf�, o fato de parte dos produtores n�o buscar a certifica��o n�o significa que o produto � de menor qualidade. Todos os cafeicultores da regi�o t�m uma porcentagem de caf� que atende todos os requisitos, segundo o diretor de Marketing do Conselho das Associa��es dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, mas muitas vezes o produto � comercializado como uma commodity qualquer.

Ele afirma que, apesar de as associa��es incentivarem a procura do selo, se trata de um processo “muito novo” no Brasil, o que o torna pouco familiar para a maioria dos produtores e consumidores. “� uma ferramenta a mais para crescer o mercado quando a cooperativa estiver fazendo a negocia��o. O selo � uma argumenta��o de venda muito importante. Tem mercado inclusive que paga bom �gio”, afirma.

Entre os requisitos que levam o consumidor a buscar produtos certificados est� a padroniza��o. Com as regras de produ��o, segundo o gerente de Neg�cios do Super Nosso, Hamilton Almeida, � poss�vel ter certeza de que se encontrar� um produto de qualidade, livre de pragas e analisado por �rg�os governamentais. “O exemplo mais pr�ximo que temos do valor agregado s�o os produtos org�nicos, que seguem rigoroso m�todo de produ��o”, afirma.


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