(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Classe m�dia 'vulner�vel' da AL pode retornar � pobreza


postado em 13/11/2012 19:22

O bom desempenho econ�mico do Brasil nos �ltimos anos resultou n�o s� no avan�o da classe m�dia brasileira, como tamb�m impulsionou esse segmento de renda na Am�rica Latina, onde houve crescimento de 50% do grupo entre 2003 e 2009. Os dados constam do relat�rio Mobilidade Econ�mica e a Ascens�o da Classe M�dia Latino-americana feito pelo Banco Mundial e mostram, ainda, que o Brasil contribuiu com 40% dessa taxa de expans�o na regi�o. O problema, segundo a pr�pria institui��o, � que essa popula��o economicamente emergente, tanto no Brasil como na regi�o, corre s�rios riscos de retomar o status anterior de pobreza.

Segundo os dados do relat�rio, 38% das pessoas na Am�rica Latina ainda s�o considerados "vulner�veis", uma faixa que fica entre a classe baixa pobre e a classe m�dia. Para o banco, essas pessoas n�o t�m renda suficiente para assegurar que n�o v�o cair de novo na pobreza e, ao mesmo tempo, n�o t�m renda suficiente que garanta entrada e perman�ncia na classe m�dia. No recorte adotado pela institui��o, 'vulner�veis' ganham entre US$ 4 e US$ 10 por dia, os pobres ganham menos de US$ 4 e a classe m�dia est� situada com um rendimento di�rio de US$ 10 a US$ 50.

Pelos c�lculos da entidade, no Brasil, quase um ter�o dos mais de 190 milh�es de habitantes est�o enquadradas nessa faixa de ganho di�rio, grupo que nos anos 1980 era formado por 15% da popula��o do Pa�s. A entidade alerta que a explos�o de consumo gerado por melhores condi��es de emprego, renda e cr�dito, est� levando brasileiros a economizarem pouco, o que pode devolver a classe m�dia mais baixa para a antiga condi��o de pobreza. "A longo prazo, se a economia do pa�s desacelerar, essas pessoas podem se tornar excessivamente endividadas e vulner�veis", segundo o relat�rio.

O Banco Mundial nota que a expans�o dessa faixa de renda no caso do Brasil � explicada n�o s� pelo bom momento econ�mico dos �ltimos anos, mas tamb�m pelas pol�ticas de redu��o da pobreza, �s novas oportunidades de trabalho para as mulheres e � melhor forma��o dos trabalhadores. A institui��o avalia que essa tend�ncia de consumo crescente deve se manter nos pr�ximos anos.

"Durante a maior parte da d�cada de 2000, o marco de pol�ticas da Am�rica Latina permitiu que muitos pa�ses se beneficiassem de um ambiente externo positivo para come�ar uma transi��o surpreendente para uma sociedade de classe m�dia. Isso criou enormes expectativas, que correm o risco de se transformar em frustra��o, se essa transi��o for interrompida. No entanto, a regi�o n�o pode contar com a perman�ncia de um ambiente externo t�o favor�vel quanto no passado recente para obter novos ganhos sociais e econ�micos. Assim, ser� necess�rio um esfor�o de pol�ticas muito maior para consolidar e aprofundar o processo de mobilidade ascendente e torn�-lo mais resistente a poss�veis choques adversos", complementa o relat�rio em sua an�lise regional.

Am�rica Latina


O Banco Mundial lembra que, ap�s d�cadas de estagna��o, o tamanho da classe m�dia na Am�rica Latina e no Caribe passou de 103 milh�es de pessoas em 2003 para 152 milh�es em 2009, o que representa 30% da popula��o do continente. Durante o mesmo per�odo, enquanto a renda familiar cresceu e a desigualdade diminuiu na maioria dos pa�ses, o porcentual de pobres declinou de 44% para 30% na regi�o. O cen�rio � bastante diverso daquele que prevaleceu por longo per�odo at� cerca de 10 anos atr�s, quando o porcentual de pobres flutuou em torno de 2,5 vezes o da classe m�dia.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)