As 33.320 empresas de alto crescimento (EAC) - aquelas que aumentaram em 20% ao ano o n�mero de empregados por um per�odo de tr�s anos - existentes em 2010 no pa�s respondiam por 5 milh�es de pessoas ocupadas e chegaram a pagar R$ 88 bilh�es em sal�rios e outras remunera��es naquele ano.
Os dados constam da pesquisa Estat�sticas do Empreendedorismo 2010 que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) divulga hoje (14) produzida a partir dos resultados do Cadastro Central de Empresas (Cempre). Em 2010, o Brasil registrava 4,5 milh�es de empresas ativas.
O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, destacou a import�ncia das empresas de alto crescimento para a economia brasileira. “S�o empresas muito especiais, na medida em que s�o poucas comparativamente ao n�mero de empresas ativas, mas emprega muita gente e responde por uma fatia significativa do sal�rio pago”, disse � Ag�ncia Brasil.
Os dados levantados pelo IBGE indicam que as mais de 33 mil empresas de alto crescimento, embora representassem apenas 1,6% do universo de empresas existentes, respondiam por 15% do total de sal�rios pagos em 2010.
“S� para que se tenha uma ideia da import�ncia dessas empresas para a economia brasileira, de 2008 para 2010, elas geraram 3,2 milh�es dos 5,4 milh�es de empregos criados no per�odo. E isto equivale a cerca de 60% dos empregos gerados – o que n�o � pouco”, ressaltou.
O IBGE ressaltou ainda que elas respondiam por 7,9% do total de empresas com dez ou mais pessoas assalariadas existentes em 2010.
“Do ponto de vista do emprego, n�o h� d�vidas da import�ncia das empresas de alto crescimento, que podem ser consideradas a mola mestra da economia brasileira no quesito m�o de obra”, destacou Santos.
Ainda segundo a pequisa, o n�mero de empresas de alto crescimento org�nico (EAC org�nico) aumentou 7,1%, entre 2009 e 2010, atingindo 32.863. Apesar desse crescimento, o n�mero de pessoal ocupado assalariado caiu 0,9% de um ano para o outro – passando de 4,4 milh�es para 4,3 milh�es em 2010.
Diferentemente das empresas de alto crescimento, � considerada EAC org�nico aquela em que o aumento de pessoal ocupado assalariado se deu por meio de contrata��es e n�o por fus�es ou incorpora��es de empresas.
Essas empresas de alto crescimento org�nico representavam, em 2010, 1,5% do total dos estabelecimentos com pelo menos uma pessoa assalariada. Elas tamb�m eram respons�veis pela ocupa��o de 4,3 milh�es de assalariados e pagavam R$ 67 bilh�es em sal�rios e outras remunera��es.
A pesquisa comprovou ainda que as cinco atividades econ�micas que mais criaram ocupa��es nas EAC org�nicas foram: ind�strias de transforma��o (568,8 mil); atividades administrativas e servi�os complementares (553,7 mil); constru��o (551,0 mil); com�rcio; repara��o de ve�culos automotores e motocicletas (420,6 mil); e transporte, armazenagem e correio (204,1 mil).
Cerca de 70% das EAC org�nicas concentravam-se nas regi�es Sudeste e Sul em 2010, com o Sudeste detendo o maior percentual de empregados (52,9%).
O Nordeste apareceu em segundo lugar no n�mero de pessoal, respons�vel por 19,7% dos empregados, seguido pelo Sul, com 14,9%.