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Estado de Minas

Invers�o de pap�is entre Europa e Am�rica do Sul deve nortear discurso de Dilma Rousseff

Espanh�is e portugueses est�o de olho nos empregos e neg�cios da Copa - 2014


postado em 17/11/2012 07:06 / atualizado em 17/11/2012 07:10

Manifestantes usam máscaras do primeiro-ministro Mariano Rajoy e os chefes de Estado das antigas colônias espanholas na América Latina (foto: (Rafael Marchante/Reuters))
Manifestantes usam m�scaras do primeiro-ministro Mariano Rajoy e os chefes de Estado das antigas col�nias espanholas na Am�rica Latina (foto: (Rafael Marchante/Reuters))
C�diz (Espanha) – A invers�o das for�as entre os pa�ses da Am�rica do Sul e da Europa ser� o tema principal da presidente Dilma Rousseff no discurso de hoje na XXII C�pula Ibero-americana de Chefes de Estado e Governo. Ao longo das �ltimas duas d�cadas de realiza��o do encontro, espanh�is e portugueses comandaram as principais negocia��es de acordos pol�ticos e comerciais. O poder, entretanto, mudou de eixo com a crise europeia e o crescimento e estabiliza��o dos latinos ao longo dos �ltimos cinco anos. Assim, o Brasil chega a C�diz, cidade a 650 quil�metros de Madri, como principal mercado de oportunidades para a crise de Espanha e de Portugal. No discurso de hoje, Dilma deve refor�ar o que mudou nessa correla��o de for�as e apresentar o Brasil como um aliado na ajuda para os dois pa�ses enfrentarem a crise iniciada h� cinco anos, mas que tem mostrado maiores reflexos na popula��o nos �ltimos 18 meses, expostos em greves gerais, como a ocorrida na �ltima quarta-feira em sete pa�ses da Europa. O governo, assim, pretende fechar com mais facilidade acordos de coopera��o comercial e tecnol�gica, incluindo interc�mbio de brasileiros no exterior. Por sua vez, o Brasil deve facilitar os vistos de trabalho para profissionais espanh�is – nesse caso num acordo bilateral a ser celebrado em Madri na pr�xima segunda-feira. Ontem, o ministro de Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, disse em C�diz que “o Brasil sempre foi um pa�s que acolheu os imigrantes de bra�os abertos”. Confirmado em Madri, o an�ncio ocorre oito meses depois de o Brasil adotar a reciprocidade na entrada de espanh�is no Brasil e ser mais severo na libera��o de entrada de pessoas daquele pa�s. A medida foi tomada por causa do alto n�mero de brasileiros recusados na Espanha, que desde ent�o vem caindo vertiginosamente, chegando a 160 este ano, o que representa menos de 10% do total de 2010. Com a entrada de profissionais espanh�is, o Brasil espera melhorar a qualifica��o da m�o de obra local. Um dos representantes brasileiros na negocia��o da c�pula disse ontem ao Estado de Minas que � clara a mudan�a no comportamento dos atores espanh�is e portugueses. ''Somos recebidos com tapete vermelho neste momento'', disse o negociador. A d�vida � se o Brasil tem se tornado mais europeu ou se a Europa se torna mais pr�xima � Am�rica Latina. ''� um pouco das duas coisas'', afirmou a fonte. No discurso de ontem, o rei da Espanha, Juan Carlos, citou a crise econ�mica europeia e, sem citar o Brasil, disse que � preciso a uni�o dos pa�ses ibero-americanos para p�r em pr�tica formas de trabalho conjunto. O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, tamb�m afirmou, antes mesmo do in�cio da c�pula, que quer mais Brasil na Espanha e mais Espanha no Brasil. Hoje, a Espanha � o segundo maior investidor estrangeiro no Brasil. Os estrangeiros miram nos neg�cios proporcionados pela Copa do Mundo e pelas Olimp�adas. Ontem Rajoy voltou a exaltar o crescimento da Am�rica Latina e lamentou a crise espanhola. ''A Am�rica Latina soube transformar a velha d�cada perdida na atual d�cada de prosperidade", afirmou. "Na Am�rica Latina, muitos espanh�is encontraram uma segunda oportunidade. Tamb�m a Espanha tem sido uma terra de oportunidades", disse ele, considerando que a experi�ncia latina em sair da crise pode ajudar a Espanha. No discurso de hoje, Dilma tamb�m refor�ar� que apenas austeridade fiscal n�o ser� suficiente para que os pa�ses europeus possam enfrentar a crise, por mais que tal a��o seja dada como resposta ao mercado e ao Fundo Monet�rio Internacional (FMI). O ministro de Assuntos Exteriores e Coopera��o da Espanha, Jos� Manuel Garc�a Margallo, voltou a refor�ar ontem, em C�diz, a necessidade de investimentos para o bloco europeu sair da crise. O apelo por menos impostos deve ser o tom do discurso de outros l�deres ao longo do dia de hoje.

 

Empobrecimento Ontem, o an�ncio de outro n�mero negativo abalou ainda mais a confian�a dos espanh�is. No pa�s, desde 2007, mais de 2 milh�es de pessoas foram empurradas para a precariedade, estabelecida em n�cleos familiares com sal�rios inferiores a 12 mil euros por ano – cerca de R$ 2.500 por m�s. Os dados foram apresentados no informe "Adeus, classe m�dia", elaborado pelo sindicato dos t�cnicos do Minist�rio da Fazenda da Espanha.


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