Bras�lia –A incapacidade de endividamento das empresas brasileiras, somada � dificuldade de acesso ao cr�dito e de linhas adequadas para os diversos setores produtivos, amea�a o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o pr�ximo ano. O otimismo do governo, que aponta uma retomada de crescimento mais acelerado em 2013, n�o corresponde �s expectativas do setor industrial, como demonstra sondagem da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) divulgada ontem. O estudo da CNI indica que uma em cada quatro empresas dos setores da ind�stria da constru��o, extrativa e de transforma��o n�o tem mais capacidade de endividamento, o que se configura um “entrave ao crescimento robusto do setor”, segundo an�lise de Renato Fonseca, economista da CNI. Durante a sondagem feita pela confedera��o, foram ouvidas 2.363 empresas, sendo 843 de pequeno porte, 920 de m�dio porte e 600 grandes. Do total de empres�rios consultados, 69% disseram ter d�vidas – 16% delas acima do limite, 37% dentro e 47% abaixo. Entre as endividadas, 53% n�o t�m mais espa�o para aumentar o endividamento. Apenas 18% informaram n�o possuir qualquer tipo de d�vida. As principais dificuldades enfrentadas pelos empres�rios na solicita��o de cr�ditos no segundo trimestre do ano, segundo a CNI, foram a falta de linhas adequadas �s necessidades das ind�strias, al�m de exig�ncias exageradas de garantias reais e de documentos e renova��o de cadastros. O desempenho da ind�stria tem sido apontado como o principal obst�culo ao crescimento mais vigoroso da economia. A produ��o industrial caiu 1% em setembro, comparativamente a agosto, registrando o pior resultado em oito meses. Mesmo com o �ndice de Atividade Econ�mica do Banco Central (IBC-Br) apontando acelera��o no terceiro trimestre, o dado de setembro revela que n�o h� for�a nessa recupera��o: a luz amarela continua acesa na economia. Turbul�ncia global afeta resultados A maior queda no resultado l�quido do terceiro trimestre foi registrada na ind�stria pesada. Em compara��o com o mesmo per�odo de 2011, o resultado l�quido dos setores de petr�leo e g�s e minera��o recuou 52,8% e 50%, respectivamente. J� a ind�stria de siderurgia e metalurgia apresentou queda de 75,4%. O resultado negativo � consequ�ncia da crise internacional. Apesar do endividamento e dos �ndices negativos da ind�stria pesada, a Serasa Experian prev� queda na inadimpl�ncia das empresas. O indicador que mede a perspectiva de calotes para esse setor em setembro foi 1,5% menor que o registrado no m�s anterior. “A sequ�ncia de recuos mensais desse indicador e a perman�ncia abaixo do n�vel 100 nas �ltimas leituras sinalizam que a inadimpl�ncia das empresas dever� iniciar 2013 em uma tend�ncia mais consistente de queda”, informou a Serasa, por meio de nota.