(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Dilma volta a defender est�mulo ao crescimento e menor rigor fiscal como ant�doto para a crise


postado em 17/11/2012 10:19 / atualizado em 17/11/2012 11:48

 Presidenta Dilma Rousseff durante primeira sessão plenária da XXII Cúpula Ibero-Americana(foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Presidenta Dilma Rousseff durante primeira sess�o plen�ria da XXII C�pula Ibero-Americana (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Em seu discurso na sess�o de abertura da 22ª C�pula de Chefes de Estado e de Governo da Confer�ncia Ibero-Americana, que ocorre em C�diz, na Espanha, a presidenta Dilma Rousseff voltou a defender o modelo brasileiro de investimento p�blico e abertura de mercados como ant�doto contra a crise econ�mica mundial.

Portugal e Espanha est�o entre os pa�ses da Europa que mais t�m sofrido com os efeitos da crise no continente. A presidenta criticou o modelo de austeridade fiscal proposto por alguns pa�ses da Uni�o Europeia que penaliza a popula��o e n�o apresenta os resultados esperados.

“Temos assistido, nos �ltimos anos, aos enormes sacrif�cios por parte das popula��es dos pa�ses que est�o mergulhados na crise: redu��es de sal�rios, desemprego, perda de benef�cios. As pol�ticas exclusivas, que s� enfatizam a austeridade, v�m mostrando seus limites em virtude do baixo crescimento. E, apesar do austero corte de gastos, assistimos ao crescimento dos d�ficits fiscais e n�o a sua redu��o. Os dados e as previs�es para 2012 e 2013 mostram a eleva��o dos d�ficits e a redu��o dos PIBs [Produto Interno Bruto]”, disse.

Para a presidenta, a simples demonstra��o de rigor nos gastos p�blicos n�o � suficiente para garantir a confian�a no mercado internacional. “Confian�a n�o se constr�i apenas com sacrif�cios. � preciso que a estrat�gia adotada mostre resultados concretos para as pessoas, apresente um horizonte de esperan�a e n�o apenas a perspectiva de mais anos de sofrimento”, destacou.

Portugal e Espanha t�m sofrido, n�o apenas com as press�es do resto da Europa pelo rigor fiscal, mas tamb�m com uma s�rie de manifesta��es de trabalhadores contra as medidas adotadas em busca desta austeridade. Por causa dos cortes de sal�rios e direitos sociais, os dois pa�ses t�m enfrentado greves e confrontos entre trabalhadores e policiais.

Dilma cobrou que os pa�ses superavit�rios fa�am a sua parte para que se normalize e a atividade econ�mica sadia entre os pa�ses abrindo mercados e estimulando as importa��es em seus territ�rios. Segundo a presidenta, os governos devem estimular o aumentar os investimentos e do consumo tendo como objetivo a retomada do crescimento da economia mundial.

Ela tamb�m apresentou dados sobre a economia brasileira para demonstrar que o modelo adotado pelo Brasil apostou na inclus�o econ�mica e na garantia de direitos sociais para conseguir um desenvolvimento sustentado ao longo dos �ltimos anos. Dilma lembrou que os pa�ses da Am�rica Latina passaram 20 anos adotando o modelo de austeridade proposto agora a Portugal e � Espanha.

“Quando nos reunimos em Guadalajara [M�xico], duas d�cadas atr�s, a Am�rica Latina ainda vivia as consequ�ncias de sua “crise da d�vida”. Os governantes de ent�o, aconselhados pelo Fundo Monet�rio Internacional [FMI], acreditavam, erradamente, que apenas com dr�sticos e fortes ajustes fiscais poder�amos superar com rapidez as grav�ssimas dificuldades econ�micas e sociais nas quais est�vamos mergulhados. Levamos assim duas d�cadas de ajuste fiscal rigoroso, tentando digerir a crise da d�vida soberana e a crise banc�ria que nos afetava e, por isso, nesse per�odo, o Brasil estagnou, deixou de crescer e tornou-se um exemplo de desigualdade social”, destacou.

Segundo a presidenta, o Brasil s� conseguiu pagar sua d�vida e acumular reservas, como recomendava o FMI, quando voltou a crescer. Atualmente, de acordo com Dilma, a estrat�gia adotada para manter o crescimento est� centrada no investimento p�blico em infraestrutura, est�mulo � inova��o tecnol�gica por meio de parcerias e manuten��o dos investimentos sociais. A presidenta tamb�m lembrou que o aumento da competitividade das empresas � um desafio para o Brasil e os pa�ses da Am�rica Latina e prop�s que a c�pula resulte em um documento que tamb�m priorize a��es voltadas para a micro e pequena empresa e o empreendedorismo.

“A coopera��o e a melhoria da competitividade requerem que asseguremos um ambiente econ�mico favor�vel �s empresas parceiras de todos os pontos do mundo, em especial me refiro aqui � Espanha, a Portugal e, sobretudo, aos pa�ses latino-americanos, nesses investimentos. Daremos integral prioridade �s pequenas e m�dias empresas e ao empreendedorismo”, disse.

A presidenta fica em C�diz at� hoje (17) participando dos debates da 22ª C�pula de Chefes de Estado e de Governo da Confer�ncia Ibero-Americana. Depois, viaja para Madrid, capital da Espanha, onde ter� compromissos bilaterais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)