Balan�o do PAC deve apresentar melhoras

Criticado at� internamente pela lentid�o em tirar projetos do papel, o governo federal pretende divulgar nesta segunda-feira mais um balan�o do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), no qual tentar� mostrar que est� aprendendo a investir. Os dados preliminares indicam que os n�veis de contrata��o e realiza��o de obras e projetos haviam atingido, em outubro passado, volumes maiores do que os de outubro do ano eleitoral de 2010, o melhor do programa.

Em dois anos de PAC do governo Dilma Rousseff foram realizadas sete obras de dragagem em portos, igual volume registrado nos quatro anos do PAC de Luiz In�cio Lula da Silva. As constru��es em portos chegam a cinco, em compara��o com seis da edi��o anterior do programa, que teve o dobro de tempo. Em aeroportos, foram constru�dos tr�s p�tios contra dois do primeiro PAC, e tamb�m sete "puxadinhos" contra nenhum da vers�o anterior.

"O PAC 1 teve uma execu��o que j� � conhecida, e no PAC 2 continuamos num ritmo at� mais acelerado", disse ao Estado o secret�rio do programa, Maur�cio Muniz. "� natural que haja um processo de aprendizado: a estrutura aprende a fazer investimentos, vamos melhorando os processos."

A meta, segundo informou, � elevar em 40% o volume de obras conclu�das em compara��o com a primeira vers�o do PAC. "A tend�ncia � fazermos mais e sermos cobrados por mais." Tal como ocorreu na primeira vers�o do programa, a expectativa � que o volume de obras finalizadas cres�a bastante no �ltimo ano, ou seja, em 2014.

Ponto fraco

O "patinho feio" do PAC este ano foi o Minist�rio dos Transportes. Respons�vel pelo segundo maior or�amento do programa, o minist�rio foi sacudido pela "faxina" que trocou seus dirigentes e tamb�m os de seu principal executor, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Os contratos passaram por uma revis�o, de forma que a realiza��o ficou muito baixa no in�cio do ano.

Os dados apresentados por Muniz mostram a mesma situa��o publicada pelo Estado em sua edi��o de 5 de novembro. No segundo semestre, os investimentos retornaram a seu n�vel hist�rico e at� o superaram.

No entanto, o total gasto este ano ainda ficar� abaixo do de 2011, por causa do desempenho fraco observado de janeiro a junho. A estimativa apresentada pelo ministro dos Transportes, Paulo S�rgio Passos, � de uma queda de 8%.

Assim, nos quatro anos do PAC 1 (2007 e 2010) foram duplicados ou adequados 1.306 km de rodovias, contra apenas 537 km na primeira metade do PAC 2 (2011-2012).

Em pavimenta��o e constru��o, foram 1.789 km no PAC 1 contra 584 km no PAC 2. O PAC 1 registra tamb�m a concess�o de 3.282 km de estradas federais para explora��o pela iniciativa privada. A atual vers�o do PAC n�o registra nenhuma, embora o trecho capixaba da BR-101 tenha sido leiloado.

O processo, por�m, est� parado na Justi�a. O plano de log�stica lan�ado por Dilma no dia 15 de agosto prev� a concess�o de 7.500 km de rodovias e 10.000 km de ferrovias.