FGV revisa IPC-S de novembro de 0,40% para 0,30%

O �ndice de Pre�os ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da Funda��o Get�lio Vargas (FGV) deve ficar em torno de 0,30% no fechamento de novembro, projetou o economista do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV, Andr� Braz. A proje��o feita no in�cio do m�s pela institui��o era de que o �ndice fechasse o m�s em 0 40%. "Devemos ficar em torno de 0,30% ou at� em n�meros mais baixos que isso. O IPC-S j� est� mostrando 0,35% na segunda quadrissemana e � poss�vel mais desacelera��o", disse Braz. Na segunda quadrissemana do m�s, o �ndice declinou para 0,35% ante 0,43% na primeira pr�via de novembro. No encerramento do m�s passado, o IPC-S ficou em 0,48%.

A proje��o de varia��o de 5,4% no �ndice no fechamento do ano, de acordo com Braz, � mantida at� agora. "Por enquanto vale a pena manter porque h� alguns movimentos que n�o conseguimos prever at� o final do ano, fatores que podem acelerar o IPC-S sem que isso seja um fator generalizado", completou.

De acordo com o economista, as hortali�as e legumes foram respons�veis pela desacelera��o na segunda quadrissemana deste m�s, mas ainda h� itens importantes de agropecu�ria que j� recuaram no �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPA), tamb�m da FGV, que ainda n�o foram captados pelo IPC-S. "A continuidade nessa desacelera��o n�o vai ser garantida s� por hortali�as e legumes, pois o IPA j� mostra que v�rios itens como arroz, feij�o e carne bovina est�o desacelerando. O IPC-S ainda n�o captou por completo esse efeito e mais para frente vamos verificar recuos mais intensos na taxa de varia��o destes itens" disse, mencionando que o IPA registrou tamb�m recuos nos pre�os de carne su�na e de frango.

A desacelera��o prevista para as pr�ximas quadrissemanas "� o que o IPC-S est� devendo do que o IPA j� nos antecipou", afirmou Braz, que acredita que o indicador fechar� o m�s abaixo da previs�o de 0,40%. A desacelera��o medida na leitura mais recente est� ligada � volatilidade do grupo de hortali�as e legumes. Na segunda quadrissemana do m�s, todos os cinco itens com maiores influ�ncias negativas no indicador comp�em a classe dos alimentos, com destaque para tomate, (que passou de uma varia��o de -18,35% na primeira pr�via do m�s para -30,61%), cenoura (de -20,45% para -19,26%), cebola (de -7,25% para -10 46%), carne mo�da (de -1,79% para -3,40%) e batata-inglesa (de -0,02% para -4,11%). Alimenta��o como um todo variou de 0,59% na primeira quadrissemana para 0,26% na segunda pr�via do IPC-S.

A desacelera��o do grupo Transportes, que passou de 0,43% para 0 30%, est� ligada � queda nos pre�os de seguro facultativo para autom�veis (de -0,86% para -0,33%), ressaltou o economista. O pre�o da gasolina tamb�m recuou, de 1,63% para 1,39%, mas o combust�vel ainda encabe�a a lista dos itens com maior influ�ncia positiva na segunda pr�via do IPC-S.

O comportamento do grupo de Vestu�rio, que reverteu a desacelera��o e foi de 0,42% na primeira quadrissemana para 0 61% na segunda, ainda n�o est� relacionado com a proximidade das festas e compras de final de ano, de acordo com Braz. "Se fosse o efeito demanda eu diria que todas as pe�as mais procuradas nesta �poca do ano j� estariam apontando numa mesma dire��o. O comportamento � um pouco de ajuste que o grupo normalmente passa", disse. Segundo ele, um dos itens que saem mais nessa �poca do ano, blusas femininas, desacelerou fortemente na leitura recente (de 0,65% para 0,05%).

A alta no grupo Educa��o, Leitura e Recrea��o, que foi de 0,38% para 0,55%, por sua vez, est� mais ligada ao setor recreativo. O pre�o do teatro, por exemplo, passou de 0,28% para 6,32% na leitura atual. Show musical passou de 0,36% para 2,58% e cinema subiu de 1,32% para 1,64%. O reajuste das mensalidades escolares de acordo com o economista, s� ter� impacto no IPC-S na primeira quadrissemana de janeiro.