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Estado de Minas

Lojistas encontram dificuldades para encontrar trabalhadores tempor�rios


postado em 22/11/2012 07:08 / atualizado em 22/11/2012 07:40

Recém-formada em psicologia, Priscila von Randow conseguiu ser contratada em uma loja de cosméticos:
Rec�m-formada em psicologia, Priscila von Randow conseguiu ser contratada em uma loja de cosm�ticos: "Minhas caracter�sticas pessoais foram mais importantes que minhas experi�ncias" (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)

A praticamente um m�s do Natal, os lojistas ainda encontram dificuldades para contratar tempor�rios e est�o abrindo m�o de requisitos, como experi�ncia no varejo, para completar o quadro de funcion�rios at� a data. Segundo a C�mara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a expectativa era de aumento de 5% a 7% no n�mero de contratados no per�odo, na compara��o com o ano passado. Com isso, cerca de 9 mil tempor�rios chegariam ao mercado. Mas em tempo de pleno emprego e diante de escassez de m�o de obra qualificada, especialistas e os pr�prios empres�rios temem que nem todos os postos sejam ocupados.

Para o diretor do grupo Selpe Recursos Humanos, Glaucus Botinha, h� grande possibilidade de as vagas n�o serem preenchidas at� o Natal, principalmente naquelas empresas que deixaram o recrutamento e sele��o para a �ltima hora e, portanto, � necess�rio flexibilizar as contrata��es. Isso porque, segundo Botinha, com uma taxa de desemprego de 4,8%, Belo Horizonte e cidades da regi�o metropolitana vivem uma fase de pleno emprego em que os mais capacitados j� est�o ocupados.

“Os dispon�veis v�o priorizar aquelas vagas com mais chances de efetiva��o, melhores sal�rios e condi��es de trabalho”, avalia. Para driblar a m� fase, empres�rios que precisam refor�ar o time de vendas devem optar por profissionais que procuram o primeiro emprego, abram m�o de experi�ncias anteriores e ofere�am treinamento interno, de acordo com Botinha.

Foi exatamente o que fez Jos� �ngelo de Melo, franqueado de uma loja do Botic�rio. Desde outubro, ele vem encontrando dificuldades para selecionar vendedoras, caixas e estoquistas. “Tenho oito vagas em aberto e, como os mais experientes est�o ocupados, usamos a estrat�gia de contratar profissionais sem experi�ncia que ser�o treinados pela empresa”, conta.

Exig�ncias
O empres�rio diz que para preencher uma das vagas � necess�rio que o candidato tenha segundo grau completo e goste de lidar com pessoas. Nesse perfil encaixou a estudante rec�m-formada em psicologia Priscila von Randow, que pela primeira vez atua no varejo. O atendimento aos “pacientes” na universidade e boa comunica��o ajudaram a conquistar o cargo de vendedora. “Minhas caracter�sticas pessoais foram mais importantes que minhas experi�ncias”, comemora.

A rede da Total Cal�ados e na loja de brinquedos Brinkel, que ainda possui vagas em aberto, tamb�m precisaram diminuir as exig�ncias. Segundo o propriet�rio da Total Cal�ados, Rafael Rocha, diante da dificuldade em encontrar pessoal qualificado e interessado em trabalhar, requisitos anteriores, “como boa apar�ncia e experi�ncia, ficaram em segundo plano”. O propriet�rio da Brinkel, Altair Rezende, prioriza aqueles que “n�o t�m experi�ncia, mas tem grande potencial para ser um bom vendedor”.

Menos �nimo nas compras

Mesmo com o clima natalino tomando conta das ruas e corredores de shoppings, os consumidores ainda n�o est�o animados a ir �s compras. Pelo menos � o que revela a Pesquisa de Inten��o de Consumo das Fam�lias (ICF), divulgada ontem pela Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC). Em novembro, o indicador registrou queda de 0,8% em rela��o a outubro e retra��o ainda mais intensa, de 2,7%, frente ao mesmo m�s de 2011. Ou seja, a propens�o para novas aquisi��es est� menor.

Para Bruno Fernandes, economista da CNC, a antecipa��o das compras estimulada pelos incentivos fiscais concedidos pelo governo, associada aos altos n�veis da inadimpl�ncia, est� entre as justificativas para o desempenho de novembro. “De certa forma, n�o esperamos que esse comportamento tenha forte impacto no Natal, data para qual projetamos crescimento das vendas entre 6,5% e 7%”, afirma. Para o especialista, a ligeira retra��o n�o pode ser encarada como uma revers�o da tend�ncia de recupera��o do varejo. “H�, sim, modera��o no processo de expans�o das vendas, mas ainda h� espa�o para crescimento”, garante.

O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) tamb�m aposta no bom desempenho do setor e, mesmo com o sinal de que as pessoas n�o est�o dispostas a gastar, calcula alta de 9,2% nas vendas em novembro e de 9% em dezembro, na compara��o com iguais meses do ano anterior. A acelera��o a ritmo chin�s est� atrelada ao trip�: mercado de trabalho, renda e cr�dito. No ano, o setor deve repetir o resultado de 2011, quando cresceu 6,7%.

Cr�dito em queda
Os empres�rios tamb�m n�o se mostram animados com novos investimentos. A quantidade de empresas que procurou cr�dito em outubro recuou 1,8% em rela��o a setembro, segundo o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Cr�dito. Foi a segunda queda mensal consecutiva. Nos dez primeiros meses do ano, a busca por capital acumulou queda de 4% frente ao mesmo per�odo de 2011. A retra��o no �ltimo trimestre j� era esperada, j� que grande parte da produ��o voltada para o per�odo natalino ocorre entre julho e setembro.


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