O Produto Interno Bruto (PIB) de 2012 � projetado em 1,3% pelo Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Get�lio Vargas (Ibre/FGV). Para alcan�ar esse resultado, o crescimento no terceiro trimestre deve ser de 1%, o que representar� um avan�o em compara��o ao segundo trimestre, que obteve alta de 0,4%. O c�lculo considera a rela��o com o trimestre imediatamente anterior. Para o quarto trimestre, no entanto, a expectativa � de desacelera��o, com PIB de 0,7%, influenciado, sobretudo, por uma queda do investimento.
"A melhora do desempenho no terceiro trimestre foi em parte fruto do bom desempenho da ind�stria. O setor de dur�veis se destacou. Mas n�o acredito que o desempenho ser� o mesmo no quarto trimestre. Al�m disso, mesmo no terceiro trimestre, n�o houve difus�o do crescimento entre os segmentos da ind�stria", afirmou a economista Silvia Mattos, do Ibre/FGV, em semin�rio no Rio sobre as perspectivas para 2013.
Para o pr�ximo ano, a expectativa � que o Banco Central mantenha o controle da taxa b�sica de juros enquanto a infla��o estiver no intervalo da meta. "N�o esperamos que a infla��o no ano que vem estoure o teto da meta", destacou Silvia. A expectativa para a infla��o no pr�ximo ano � de 5,7%, tendo como base o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE). "� um cen�rio de infla��o resistente." A meta oficial de infla��o para 2013 � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.
Em 2013, o governo federal dever� aumentar o investimento. "Ser� dif�cil o governo cumprir a meta de super�vit prim�rio no ano que vem". Por enquanto, o que prevalece na gest�o de Dilma Rousseff � o crescimento da despesa do governo que n�o est� diretamente relacionada a investimento. "� um cen�rio de d�ficit nominal ainda elevado com resultado de super�vit mais baixo", ressaltou a economista
A proje��o do Ibre/FGV � que o investimento cres�a 8,6% no pr�ximo ano. "De qualquer forma, olhando o tri�nio de Dilma, o investimento � a vari�vel chave para a desacelera��o do crescimento no Brasil", avaliou Silvia.