A Eurozona demonstrou estar convencida nesta segunda-feira de que desbloquear� ao menos parte do resgate � Gr�cia e afina uma estrat�gia com "solu��es aceit�veis" para aliviar a d�vida grega, em meio a uma disputa com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI), que dificultou as negocia��es at� agora.
"� essencial que tomemos uma decis�o sobre o desbloqueio" da ajuda, disse o vice-presidente da Comiss�o Europeia, Olli Rehn, em sua chegada � reuni�o em Bruxelas de ministros de Finan�as da Eurozona (Eurogrupo). "Vamos a essa reuni�o com a esperan�a de encontrar uma solu��o para todos os temas em suspenso", disse o porta-voz do governo alem�o, Steffen Seibert.
Os ministros da Eurozona voltaram a se reunir pela terceira vez em duas semanas com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE), que integram a troika de credores p�blicos da Gr�cia, para ver se desbloqueiam um lote de ajuda de 31,2 bilh�es de euros, pendentes desde junho.
Contudo, a esta altura, � prov�vel que a troika d� sinal verde � entrega de 44 bilh�es de euros, que inclui os montantes previstos para o pa�s at� o fim deste ano. Os fundos seriam entregues no in�cio de dezembro, pois o desembolso deve ser aprovado pelos parlamentos nacionais.
Os ministros preveem ainda elaborar uma rota de fuga aceit�vel para assegurar a sustentabilidade da d�vida grega pelos pr�ximos dez anos. E � ai que est� o miolo do problema: o FMI e a Eurozona n�o chegam a um acordo sobre um calend�rio. "Devemos encontrar uma solu��o aceit�vel", disse a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde.
Por um lado, a diretora do FMI quer que a Gr�cia reduza sua d�vida p�blica a 120% do PIB em 2020. Por outro lado, os europeus creem que, ante a deteriorada situa��o da economia grega, n�o fica outra op��o a n�o ser postergar esse objetivo at� 2022.
Para o FMI, a solu��o mais f�cil seria perdoar parte da d�vida grega por parte dos credores p�blicos, tal como fez o setor privado no in�cio deste ano. Contudo, o BCE se op�e ao plano, apoiado pela Alemanha.
No s�bado, os ministros de Finan�as da Eurozona concordaram em reduzir as taxas de juros dos empr�stimos bilaterais j� concedidos � Atenas dentro do primeiro programa de ajuda � Gr�cia, mas sem fixar quais ser�o as novas taxas.
Tamb�m decidiram dar � Gr�cia uma parte dos lucros obtidos pelos bancos centrais nacionais e pelo BCE sobre os b�nus gregos que possuem. Al�m disso, a base de uma compra da d�vida grega foi atingida. O Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) se encarregaria de comprar d�vida grega no mercado secund�rio, mas n�o se sabe em que volume, explicou � AFP uma fonte consultada ap�s a teleconfer�ncia.
Ainda n�o se sabe tamb�m se o FMI "estar� de acordo" com estas medidas, afirmou. Segundo o jornal alem�o Welt am Sonntag de domingo, representantes da Eurozona falaram esta semana em Paris de um eventual perd�o da d�vida grega at� 2015.
Contudo, a chanceler alem�, Angela Merkel, foi taxativamente contra esta medida na sexta-feira: "Quero encontrar outra solu��o" disse, mas afirmando ao mesmo tempo que n�o acredita que seja resolvido nesta segunda-feira a quest�o da entrega de ajuda financeira � Gr�cia.
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Eurozona tem 'esperan�as' de encontrar uma solu��o para a Gr�cia
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