A zona do euro e o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) chegaram finalmente a um acordo para um resgate global da Gr�cia, com o desbloqueio de 43,7 bilh�es de euros, ap�s uma negocia��o "trabalhosa" para garantir a sustentabilidade da d�vida grega.
"Um novo dia come�a para a Gr�cia", declarou o primeiro-ministro grego Antonis Samaras, ao celebrar o acordo obtido pelo Fundo Monet�rio Internacional, pelo Banco Central Europeu e pelos ministros da Eurozona, ao final de 13 horas de uma reuni�o em Bruxelas, a terceira convocada em duas semanas para salvar a Gr�cia.
A ajuda deve ser disponibilizada a partir de 13 de dezembro deste ano em quatro parcelas que devem terminar em mar�o, uma vez que seja aprovada a ideia pelos parlamentos dos pa�ses da Eurozona.
Dessa soma, 31,2 bilh�es de euros correspondem a um lote de resgate do pa�s, pendente desde junho. O resto inclui o montante da ajuda prevista at� o final deste ano. A ajuda � crucial para evitar que o pa�s, afundado em recess�o e com um quarto da sua popula��o ativa sem emprego, declare a morat�ria.
Contudo, o resgate n�o estar� isento de condi��es, disse uma fonte europeia. Ap�s semanas de embates, o FMI, os europeus e o BCE, conhecidos como a troika de credores p�blicos do pa�s, entraram em acordo sobre como fazer para que a d�vida grega se torne sustent�vel. "As negocia��es foram trabalhosas", admitiu a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde.
O objetivo agora � reduzir a d�vida grega a 124% de seu PIB em 2020, disse o comunicado. O FMI exigia que a redu��o da d�vida a 120% do PIB em 2020 para garantir sua sustentabilidade. A zona do euro havia planejado antes estender essa meta hasta 2022.
Dessa maneira, cada uma das partes cedeu em um dos temas mais sens�veis, que fizeram com que duas reuni�es da troika fracassassem nas �ltimas duas semanas. Principalmente se levado em conta que ap�s mais de dois anos de crise, a d�vida do pa�s alcan�ar�, segundo as �ltimas estimativas, quase 190% de seu PIB no ano que vem, em meio a uma profunda recess�o.
A quest�o � como reduzir essa d�vida a 124% em oito anos, evitando o perd�o da mesa por parte dos credores p�blicos, como queriam os europeus.
A troika j� havia entrado em acordo para conceder dois anos a mais para a Gr�cia, para que cumpra com a meta fiscal de um d�ficit de 3% em 2016 e n�o mais em 2014, o que custar� aos credores institucionais 32 bilh�es de euros a mais.
Nos �ltimos dias, a zona do euro acertou uma estrat�gia que gerar� menor impacto pol�tico em pa�ses como Alemanha, a menos de um ano das elei��es. Dentro do leque de medidas, os membros da troika tiveram que fazer concess�es "significativas". "O acordo foi muito dif�cil", considerou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
Os ministros da zona do euro acordaram em reduzir em 100 pontos b�sicos os juros dos empr�stimos bilaterais j� concedidos a Atenas dentro do primeiro programa de ajuda � Gr�cia. O BCE renunciar� aos ganhos obtidos com a compra de d�vida grega desde 2010 a pre�os inferiores aos do mercado que ser�o transferidos para Gr�cia. Ao todo, cerca de 11 bilh�es de euros.
Al�m disso, ofereceram uma morat�ria de quinze anos para o pagamento de juros ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e um atraso de 10 anos na data de vencimento dos empr�stimos bilaterais concedidos por esse fundo de resgate.
Nos pr�ximos dias entrar� em vigor um programa de recompra de b�nus em m�os privadas por parte de Gr�cia com financiamento europeu. As principais bolsas europeias abriram em alta estimuladas pelo acordo de �ltima hora. "Foi uma decis�o positiva. Ajudar� a eliminar a incerteza que enfrentamos", disse o ministro grego Yannis Stournaras.
A Gr�cia havia cumprido com todas as condi��es exigidas, como a aprova��o do projeto de or�amento de austeridade para 2013 e um plano de 18,1 bilh�es de euros adicionais at� 2016.
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Europa e FMI chegam a acordo global para salvar Gr�cia
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