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Estado de Minas CORTES INTERROMPIDOS

Copom mant�m taxa de juros em 7,25% ao ano e p�e fim � pol�tica de redu��o da Selic


postado em 29/11/2012 04:02 / atualizado em 29/11/2012 07:38

Na �ltima reuni�o do ano, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) interrompeu os sucessivos cortes da Selic iniciados em agosto do ano passado. A decis�o un�nime veio em linha com a expectativa do mercado e com o que a pr�pria equipe colegiada havia sinalizado na �ltima ata divulgada em outubro ao dizer que aquele corte deveria ser o “�ltimo do ciclo”. O patamar de 7,25% � considerado por muitos especialistas o piso para a taxa b�sica de juros brasileira e a expectativa � de que seja mantido pelo menos at� que uma recupera��o mais consistente da economia ganhe for�a. A aposta � de que o aquecimento da demanda ameace a infla��o a partir de abril do ano que vem, quando caber� nova interven��o do Copom.

E n�o � s� o consumo que promete empurrar o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (IPCA) para o teto superior da meta, fixado em 6,5%. “O governo n�o vai conseguir segurar a press�o de alguns itens, como gasolina e etanol, que v�o acabar impactando nos pre�os. A pr�pria dificuldade do governo em contornar as diverg�ncias no setor el�trico configura um risco”, avalia o s�cio-diretor da Global Financial Advisor, Miguel Daoud. Apesar de reconhecer as amea�as inflacion�rias, a Tend�ncias Consultoria n�o prev� mudan�as da Selic ao longo de todo o ano de 2013. “De fato haver� uma recupera��o do PIB, mas n�o t�o forte quanto se espera. Hoje, a nossa expectativa � de 3,6%, mas com vi�s de baixa”, diz a economista da Tend�ncias, Alessandra Ribeiro.

Diante de um Produto Interno Bruto (PIB) t�mido – que n�o deve chegar a 4% –  a especialista acredita que o governo optar� por outras manobras deflacion�rias que n�o incluam alta dos juros. “Acreditamos que o governo tentar� a desonera��o de alguns itens para trazer al�vio aos �ndices de pre�os”, avalia. Tudo em nome de um crescimento mais robusto que insiste em n�o aparecer. Para o terceiro trimestre, a Tend�ncias estima alta de 1,2% do PIB que ser� divulgado amanh�, contra os 1,5% previsto antes dos dados desanimadores de setembro.

Diante do cen�rio, Olavo Machado, presidente da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg), garante que h� justificativas para novos cortes da Selic. “Para solucionar o baixo crescimento econ�mico precisamos lan�ar m�o de todas as alternativas poss�veis, e a redu��o da Selic continua sendo uma op��o favor�vel”, avalia. Mas a verdade � que a taxa de juros no menor patamar hist�rico n�o conseguiu superar as defici�ncias estruturais do pa�s, tendo efeito praticamente nulo na recupera��o da atividade econ�mica (veja quadro). “O pa�s n�o cresceu, os empres�rios n�o est�o investindo e a infraestrutura � deficiente”, enumera Daoud ao justificar as barreiras que impediram que o corte de 5,25 pontos percentuais da Selic em 15 meses garantisse efeitos mais expressivos no PIB.

Uma coisa parece certa: se n�o tivesse sido alcan�ado o patamar atual, o cen�rio poderia estar pior tanto hoje quanto nas previs�es para o pr�ximo ano. “Quer queira, quer n�o, a �ltima redu��o de outubro ter� reflexos em seis a nove meses. Muitos dos efeitos ainda est�o por vir”, avalia Alessandra. “Portanto, se as medidas n�o tivessem sido tomadas, as previs�es para 2013 poderiam ser muito piores”, reconhece.

Benef�cio no bolso

Os juros para o consumidor n�o devem seguir o mesmo caminho da Selic. Para Miguel Ribeiro de Oliveira, conselheiro e coordenador da �rea de pesquisas da Associa��o Nacional dos Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac), as taxas para pessoa f�sica, que come�aram a cair em abril, ainda t�m espa�o para novas redu��es. “H� uma gordura para queimar e a competi��o no mercado banc�rio est� muito mais acirrada”, observa. O presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci ainda acrescenta que o risco de maior endividamento diminui. A taxa m�dia de juros para pessoa f�sica, em setembro foi de 5,50% ao m�s a menor desde 1995. A poupan�a, por sua vez, mant�m a taxa de rentabilidade de 5,07% ao ano.


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