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Estado de Minas

Com�rcio garante abertura de 17 mil vagas na capital mineira

Falta de m�o de obra para a �poca das festas leva � abertura de 17 mil postos em outubro. Alta nas contrata��es chega a 4,2%


postado em 29/11/2012 04:02 / atualizado em 29/11/2012 07:38

Diante de um cen�rio de recorde das taxas de emprego, o com�rcio da Grande BH antecipou a contrata��o de funcion�rios tempor�rios. Enquanto em anos anteriores o setor se movimentava a partir da segunda quinzena de novembro para buscar profissionais, de olho nas vendas do Natal, neste ano, com a escassez de profissionais minimamente qualificados, comerciantes se viram obrigados a ca�ar a m�o de obra com anteced�ncia para n�o ficar na m�o e perder a possibilidade de aumentar as vendas em dezembro.

Dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgados ontem pela Funda��o Jo�o Pinheiro em parceria com o Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese), mostram que o com�rcio criou 17 mil vagas em outubro no comparativo com setembro, com crescimento de 4,2% de um m�s para o outro. Em anos anteriores, outubro era marcado pelo fechamento de vagas no com�rcio. Em 2010 e 2011, foram fechadas 7 mil e 6 mil postos, respectivamente, com redu��o de 2% e 1,7% no total de empregos.

O coordenador da pesquisa pela Funda��o Jo�o Pinheiro, Pl�nio Campos, afirma que o com�rcio tem passado dificuldade para encontrar m�o de obra, pesando contra o fato de o sal�rio ser inferior ao dos setores de ind�stria e servi�o, e tamb�m a necessidade de trabalhar mais. “� claro que o interessado vai pesar isso na escolha. Ele pode at� preferir um sal�rio um pouco menor para trabalhar menos”, afirma Campos.

A avalia��o do pesquisador � de que, com a chegada do fim de ano, os setores de com�rcio e servi�os abrem vagas, enquanto a constru��o civil fecha por causa do per�odo de chuvas. Prova disso � que, segundo a pesquisa de outubro, o mercado imobili�rio fechou 7 mil vagas no m�s passado, reduzindo em 3,4% o total de pessoas contratadas nos canteiros de obras. No entanto, por tratar-se de perfis distintos, � pouco prov�vel que esses trabalhadores possam ser aproveitados no com�rcio. “O oper�rio da constru��o civil vai ter problema para se encaixar em outra vaga”, adverte Pl�nio Campos. E o perfil n�o � o �nico motivo: na constru��o, o sal�rio m�dio � 16,9% maior que no com�rcio.

Dificuldades

A superintendente do shopping DiamondMall, L�via Paolucci, afirma que � percept�vel que neste ano houve antecipa��o das contrata��es de tempor�rios em decorr�ncia da falta de m�o de obra no varejo. E o trabalho ser� �rduo para conseguir o perfil adequado. “Sempre h� vagas abertas. Al�m das baixas taxas de desemprego, hoje as lojas n�o querem s� um vendedor, mas um consultor de vendas. � preciso conhecer bem o produto que se vende”, afirma.

Em busca do perfil adequado para vendas, a gerente da loja Bagaggio, no Boulevard Shopping, Fabr�cia Dias, tenta pin�ar tempor�rios para mais que dobrar o quadro de pessoal da unidade. Os atuais quatro funcion�rios ser�o acompanhados de  cinco. Segundo ela, para aumentar as vendas � preciso investir em m�o de obra. E Fabr�cia j� prev� a contrata��o definitiva dos selecionados para preencher vagas em outras lojas da rede. “Dependendo do perfil vamos tentar encaix�-lo nas lojas de outros shoppings”, afirma.

A taxa de desemprego em baixa tamb�m facilita a negocia��o por sal�rios melhores. No com�rcio, os rendimentos est�o 5,2% maiores que no ano passado, e no comparativo entre setembro e agosto o crescimento foi de 2,2%. Em setembro de 2011, o rendimento m�dio do setor era de R$ 1.056 ante R$ 1.110 no mesmo m�s deste ano. “� a possibilidade de se negociar melhor os sal�rios”, afirma Campos.

 

BH tem a menor taxa de desocupa��o

 

Com o entra e sai em outubro, a taxa de desemprego na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte permaneceu est�vel em 5,1% – a menor do pa�s. A tend�ncia � de que nos pr�ximos dois meses aproxime-se de 4%, o que pode inclusive fazer com que a m�dia de desemprego de 2012 fique perto de 5%. Enquanto isso, na m�dia das sete regi�es metropolitanas pesquisadas, o percentual � de 10,5%, o que significa que 2,4 milh�es de pessoas permanecem sem emprego. Trata-se da segunda queda mensal seguida. � a menor taxa desde fevereiro, quando ficou em 10,1%.

No comparativo entre setembro e outubro, o desemprego diminuiu em S�o Paulo (de 11,3% para 10,9%), no Distrito Federal (de 11,9% para 11,4%), Fortaleza (de 8,7% para 7,9%), Recife (de 12,6% para 12,2%) e em Salvador (de 19% para 18,6%). Em Porto Alegre, o desemprego aumentou (de 6,9% para 7,0%). “Os milh�es de pessoas lan�adas ao mercado de trabalho acabam por gerar o pr�prio emprego”, argumenta o coordenador da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Funda��o Jo�o Pinheiro, Pl�nio Campos, sobre o motivo de a taxa de desemprego se manter em patamar t�o baixo em BH, apesar de outros indicadores indicarem a perda de f�lego da economia.

O pesquisador cita que, entre outros motivos, a venda de carros segue em alta; o volume de cr�dito ofertado � crescente e, apesar de aumentar em ritmo lento, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro segue em alta, enquanto em pa�s europeus o cen�rio � de recess�o. “A crise est� l� fora. T�nhamos uma demanda reprimida que est� sendo suprida aos poucos”, afirma. (PRF)
 


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