A despesa de consumo das fam�lias registrou aumento de 0,9% no terceiro trimestre de 2012 na compara��o com o segundo trimestre do ano e ajudou a manter o resultado positivo do Produto Interno Bruto (0,6%). Na compara��o com o terceiro trimestre do ano passado, o aumento do consumo das fam�lias foi 3,4%, o 36º crescimento consecutivo, segundo o resultado das Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
De acordo com a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a continuidade do crescimento do emprego, da renda e dos incentivos do governo para consumo de bens dur�veis foram os principais fatores que contribu�ram para manter o aumento do item Consumo das Fam�lias. Ainda segundo Rebeca, os investimentos foram as atividades que mais impactaram negativamente o PIB ao ca�rem 2% em rela��o ao segundo trimestre e 5,6% em rela��o ao terceiro trimestre do ano passado.
“Isso foi gerado pela continuidade da queda de produ��o interna de m�quinas e equipamentos e tamb�m pela queda da importa��o de m�quinas e equipamentos. Os investimentos s�o o componente mais vol�til do PIB e muito afetados pela conjuntura nacional e internacional”, explicou Rebeca.
A despesa de consumo do governo n�o subiu em rela��o ao segundo trimestre e se manteve em 0,1%. J� a forma��o bruta de capital fixo teve a quinta queda consecutiva nesta base de compara��o (- 0,2%).
O crescimento da ind�stria, de 1,1%, foi puxado pela ind�stria de transforma��o – que tem peso de 53% do total da ind�stria e cresceu 1,5%; e pela constru��o civil que aumentou 0,3%. Entretanto, na compara��o interanual a ind�stria continua em queda (-0,9%), principalmente devido ao baixo desempenho de produ��o de m�quinas e equipamentos, material eletr�nico e equipamentos de comunica��o, artigos de vestu�rio e cal�ados e ve�culos automotores.
Ainda segundo o IBGE, a estagna��o do setor de servi�os no terceiro trimestre do ano, na compara��o com o segundo, foi influenciada principalmente pela queda de 1,3% na atividade de intermedia��o financeira, previd�ncia complementar e servi�os relativos. Esta foi a primeira queda neste tipo de compara��o desde o terceiro trimestre de 2004 (-0,7%) e, segundo Rebeca, foi influenciada pelo aumento da inadimpl�ncia. Na compara��o com igual per�odo de 2011, a intermedia��o financeira caiu 1%. Essa atividade tem peso de 7,5% no PIB brasileiro e de 11% no setor de servi�os e impactou negativamente o resultado do terceiro trimestre de 2012.
No setor externo, as exporta��es de bens e servi�os subiram 2% e as importa��es ca�ram 6,5%. O PIB brasileiro teve o menor desempenho entre os pa�ses do Brics, grupo das economias em desenvolvimento, na compara��o interanual entre os terceiros trimestres. A China continua em primeiro lugar com PIB de 7,4%, seguido da �ndia (5,3%), R�ssia (2,9%) e �frica do Sul (2,3%).