Fiat e Volks sobem pre�os mesmo com IPI reduzido

A prorroga��o do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) promete aquecer as vendas de ve�culos novos at� o fim do m�s, mas n�o impediu que algumas montadoras nacionais entrassem em dezembro com reajustes. No s�bado, a Fiat repassou para as suas lojas aumento m�dio de 1% sobre a linha do Novo Palio (1.0 e 1.6), Siena EL, Fiat 500 e Freemont, conforme informa��es obtidas na Tecar Fiat. J� a linha Linea e o Bravo Absolut tiveram os pre�os reduzidos em 1,5%. Um reajuste menor ocorreu na linha Gol da Volkswagen, que ficou 0,5% mais cara, cerca de R$ 200 de acordo com o modelo. Enquanto isso, concession�rias da Chevrolet e Ford garantem que continuam praticando o pre�o da tabela de novembro e que os reajustes devem ser feitos somente em 2013.

Segundo o gerente de ve�culos novos da Roma Fiat, Mark Crepalde, embora n�o seja bem recebido pelos consumidores, o reajuste n�o impacta as vendas por ser pequeno e atingir 10% de todo o cat�logo de ve�culos. “Um carro de R$ 40 mil sai por aproximadamente R$ 40,4 mil”, exemplifica Crepalde. Ele lembra ainda que h� ve�culos em estoque que podem ser vendidos com o pre�o da tabela do m�s anterior. Para o diretor geral da Mila Volkswagen, Ant�nio Jo�o Teixeira, o reajuste n�o � visto com temor, j� que este ser� um m�s para encerrar o ano com “chave de ouro”. “O IPI est� acabando e acreditamos em um m�s muito positivo. H� o aumento, mas a montadora pode trabalhar campanhas que ofere�am b�nus em dinheiro para estimular a compra ”, diz.

Sem peso

Enquanto o IPI reduzido continua valendo, a expectativa � de que a alta n�o pese no bolso do consumidor. Mas a partir do ano que vem, o novo valor do produto ser� levado em considera��o no momento do c�lculo do IPI, aumentando os gastos de quem desejar comprar um ve�culo zero quil�metro. “Hoje o benef�cio do IPI � muito maior que o reajuste e por isso as vendas n�o devem cair. Mas no ano que vem esse reajuste pode ter algum impacto maior”, afirma o consultor automotivo, Luiz Carlos Augusto.

Ele lembra ainda que embora a justificativa para o aumento seja o pre�o do a�o e dos insumos, a alta pode ser considerada normal. “N�o estamos falando de nenhum aumento absurdo. Isso ocorre todos os meses. O impacto � baixo e as vendas n�o devem sofrer retra��o em fun��o do reajuste que ser� muito baixo e tende a ficar entre 0,8% e 1,6%”, afirma o especialista. Ainda de acordo com ele, ao reajustar os pre�os de parte de seus ve�culos, Fiat e Volkswagem puxam a fila para que Ford e Chevrolet tamb�m aumentem os pre�os.

Mesmo parecendo pequeno, o reajuste pode gerar cifras milion�rias aos cofres das montadoras, se considerado o volume total de ve�culos emplacados at� a primeira quinzena de novembro. Prova disso � que se o reajuste atual de R$ 459 sobre um Fiat 500 (vendido a R$ 45,9 mil) fosse aplicado �s 14.458 unidades vendidas no per�odo – segundo dados da Federa��o Nacional da Distribui��o de Ve�culos Automotores (Fenabrave) – renderia ganhos de R$ 6,6 milh�es � Fiat.