O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu h� pouco, durante audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado, que o governo conseguiu cumprir seu papel de fazer a ind�stria reagir aos impactos da crise financeira internacional. Ele salientou que, no terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) da agricultura "cresceu bem" e que sua taxa anualizada representa uma alta de 10%.
No caso da ind�stria, a expans�o no terceiro trimestre foi de 1 1%. "O nosso maior desafio era fazer a ind�stria crescer, pois ela � a mais afetada pela crise. Ent�o, estamos conseguindo ter uma boa rea��o, estamos vencendo a concorr�ncia, estamos conseguindo reagir", afirmou.
Ao comentar os dados abertos referentes ao PIB de Servi�os, Mantega avaliou que o com�rcio "foi bem" e que o transporte "n�o foi bem". "Mas o que chama aten��o � a intermedia��o financeira. Caiu 1,3% e representa 6,3% do PIB. Representa mais do que toda a agropecu�ria", comparou.
A queda dessa intermedia��o, conforme o ministro, foi atribu�da � queda do spread, que puxou o setor de servi�os pra baixo. "Curioso � que a redu��o do spread significa juro menor e isso � um est�mulo para a economia. Ent�o, temos que concluir que h� uma defasagem entre a queda do spread e o volume de investimentos, uma defasagem temporal", considerou, acrescentando que os investidores ter�o mais espa�o para investir em constru��o e na atividade produtiva.
Mantega salientou tamb�m que o resultado negativo, porque diminui o resultado do setor de servi�os, cont�m uma boa not�cia: outras vari�veis v�o substituir essa intermedia��o e ela vai diminuir de peso. "� desej�vel que seja menor mesmo, � isso o que vai acontecer", previu.
Revis�o
Mantega informou ainda que pediu ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) que revise os dados do PIB referentes � administra��o de sa�de e educa��o p�blica no terceiro trimestre. "Esses itens t�m peso nesse resultado (do terceiro trimestre). � muito estranho esse dado, pois o governo � obrigado por lei a aumentar esse gasto. Pedimos que o IBGE revise esses dados", afirmou.