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Estado de Minas

Sal�rios no Brasil crescem quase o dobro da m�dia mundial

Brasil exerce influ�ncia positiva no crescimento dos sal�rios na AL durante crise


postado em 07/12/2012 09:43 / atualizado em 07/12/2012 12:02

O Brasil teve influ�ncia determinante para a manuten��o do crescimento dos sal�rios na Am�rica Latina e no Caribe durante e ap�s a crise financeira internacional, segundo o Relat�rio Mundial sobre Sal�rios da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT), divulgado nesta sexta-feira. De acordo com o estudo, a m�dia anual de crescimento do sal�rio real no Brasil superou a m�dia mundial entre 2009 e 2011, um ritmo duas vezes maior que a m�dia do mundo.

No mundo, os sal�rios cresceram 1,3% em 2009, 2,1% em 2010 e 1,2% em 2011. No Brasil, os n�veis atingiram quase o dobro: 3,2% em 2009, ano da crise, chegando ao �pice em 2010, com 3,8%, e 2,7%, em 2011. O relat�rio da organiza��o aponta que a manuten��o do crescimento dos sal�rios no pa�s se deve �s pol�ticas de valoriza��o do sal�rio m�nimo e ao ganho de produtividade no mercado.

O Brasil foi destaque na avalia��o da OIT sobre o impacto do sal�rio m�nimo e das estrat�gias de valoriza��o sobre as economias. “Os sal�rios m�nimos ajudam a proteger os trabalhadores com sal�rios baixos e previnem uma diminui��o de seu poder aquisitivo”, disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, em nota. As pol�ticas brasileiras nesse sentido foram intensificadas a partir de 2005. No entanto, os valores absolutos para a maioria dos trabalhadores brasileiros ainda est�o distantes da renda em pa�ses ricos. Apesar da expans�o, a OIT alerta que a disparidade salarial m�dia de um oper�rio brasileiro numa f�brica e um trabalhador num pa�s rico � ainda profunda.

A organiza��o citou o est�mulo do Brasil ao consumo interno, mesmo durante os anos da crise, com pol�ticas fiscal e monet�ria antic�clicas. Em contraponto, a organiza��o mencionou o caso do M�xico, em que o sal�rio m�nimo teve aumento abaixo dos pre�os de mercado, com o objetivo de manter equil�brio fiscal e melhorar a competitividade das exporta��es. A economia mexicana cresceu menos e, consequentemente, os sal�rios n�o tiveram aumento real.


O problema do est�mulo econ�mico no Brasil, segundo o relat�rio, � o endividamento, devido � propens�o do trabalhador de consumir mais. De acordo com a OIT, estudos mostram que a maioria dos brasileiros que ganham um sal�rio m�nimo gasta 100% do que recebe. Isso contribuiu para a expans�o da oferta de cr�dito e a redu��o da tend�ncia a poupar. Para a organiza��o, ainda que isso seja positivo para quem investe em capital, o excesso de gastos leva ao ac�mulo de d�vidas.

Em rela��o � produtividade, a OIT verificou que, em geral, houve uma rela��o direta entre essa maior efici�ncia e o aumento nos sal�rios reais na Am�rica Latina. Na regi�o, os ganhos do trabalho foram repassados aos trabalhadores. No Brasil, no Peru, no Uruguai, no Chile e na Costa Rica, por exemplo, onde houve crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima dos 2%, em m�dia, os n�veis de desemprego ca�ram, o que significou uma melhora dos indicadores do mercado de trabalho e dos n�veis salariais. Por outro lado, pa�ses com baixo crescimento do PIB, como a Nicar�gua, M�xico, El Salvador e Honduras, os ganhos nos sal�rios reais foram considerados baixos.

Entre 2004 e 2011, o PIB da Am�rica Latina cresceu, em m�dia, 4,4%. Esse ciclo de crescimento foi interrompido em 2009 – com crescimento negativo do produto (-1,6%) -, mas retomado em seguida em 2010 (ritmo de 6,2%), apoiado no pre�o das commodities e na condu��o de pol�ticas monet�ria e fiscal de est�mulo. Essa recupera��o envolveu a cria��o de postos no mercado de trabalho e levou a uma redu��o significativa nos n�veis de desemprego, que caiu de 10,3%, em 2004, para 6,8%, em 2011.

Na Am�rica Central e no Caribe, onde as economias dependem dos Estados Unidos, houve deteriora��o dos sal�rios reais e a recupera��o foi mais lenta do que na Am�rica do Sul, segundo a OIT.

Com Ag�ncia Brasil


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