Produ��o da Ind�stria mineira salva o resultado do Sudeste

A produ��o da ind�stria mineira fechou outubro em alta de 2,8% em compara��o com setembro, resultado que deve pesar para um fechamento bem t�mido, mas positivo, da produ��o fabril em 2012. J� no pa�s, a atividade industrial apresentou expans�o de 2,3% no mesmo per�odo, crescendo em sete dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

No acumulado do ano, Minas Gerais � o �nico estado do Sudeste a manter desempenho positivo (1%) em 2012. S�o Paulo (-4,4%), Rio de Janeiro (-6,2%) e Esp�rito Santo (-5,8%) seguem em queda. Na m�dia nacional, o pa�s acumula redu��o de 2,9% na produ��o da ind�stria. Embora os resultados positivos de outubro n�o tenham surgido de forma generalizada no pa�s, o economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rog�rio Cesar Souza, avalia que a recupera��o esperada para o trimestre passado, enfim, come�a a aparecer em regi�es importantes para a produ��o brasileira como Minas (2,8%), Rio de Janeiro (3%) e S�o Paulo (1,6%). “Temos a expectativa de resultados melhores nos pr�ximos meses, mas ainda assim o fechamento do ano deve ser negativo para a produ��o nacional”, observa.

Em Minas, a ind�stria extrativa deu impulso � expans�o de outubro. Ao longo do ano pesaram positivamente setores como produtos qu�micos, refinamento de petr�leo e ind�stria automotiva. O presidente do conselho de pol�tica econ�mica e industrial da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Lincoln Fernandes, acredita que este ano haver� empate t�cnico na receita da ind�stria mineira e pequeno avan�o na produ��o. A previs�o da Fiemg � de crescimento de 0,93% na produ��o do estado, mas a entidade j� chegou a estimar queda de 0,3%. Nos pr�ximos meses, a previs�o � que o desempenho da ind�stria extrativa registre queda pressionada pela menor demanda internacional.

Entre janeiro e outubro, a redu��o na produ��o industrial atingiu nove dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. A maior queda foi registrada no Amazonas (-7,5%). Segundo o IBGE, o esfriamento foi influenciado pelos setores ligados aos bens de consumo dur�veis, como motos, aparelhos de ar condicionado, fornos de micro-ondas, telefones celulares, rel�gios e autom�veis.

VE�CULOS EM QUEDA A Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea) calcula queda de 1,5% na produ��o este ano, ante 2011, o que ser� o primeiro recuo na produ��o desde 2002. At� o m�s passado, a proje��o do setor era de alta de 2% em 2012. Segundo Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, havia expectativa de rea��o nas exporta��es, o que n�o ocorreu.

As vendas externas brasileiras ca�ram 10,2% em novembro ante outubro, e 15,9% em rela��o ao mesmo m�s do ano passado. Nos 11 primeiros meses de 2012, as vendas externas somaram US$ 13,658 bilh�es, queda de 8,2% sobre igual per�odo de 2011.

Em novembro, a produ��o brasileira de ve�culos tamb�m caiu 5,3%, ante o m�s anterior. Na compara��o com igual per�odo de 2011, entretanto, houve alta de 10,5%. No pa�s, apesar da redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as vendas de ve�culos novos encolheram 8,7% em novembro em rela��o ao m�s anterior, e 3% na compara��o anual, somando 311,8 mil unidades.