Momento n�o � de perdoar d�vida, diz membro do BCE

O presidente do banco central da Alemanha (Bundesbank) e membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Jens Weidmann, disse que agora n�o � o momento de os credores oficiais da Gr�cia aceitarem perdas com os empr�stimos destinados ao pa�s.

Em uma entrevista publicada neste domingo (9) pelo jornal alem�o Welt am Sonntag, Weidmann comenta que um amplo perd�o da d�vida grega neste momento "equivaleria a uma abrangente transfer�ncia de recursos que premiaria fracassos anteriores na implementa��o do programa de ajuste, sem resolver os problemas subjacentes do pa�s".

Segundo Weidmann, a Gr�cia estaria em uma posi��o bem melhor agora se tivesse implementado as reformas prometidas em 2010, quando o pa�s recebeu o primeiro pacote de resgate da zona do euro e do Fundo Monet�rio Internacional (FMI). Para ele, um poss�vel desconto (haircut) na d�vida grega na m�o de credores p�blicos "deveria ser oferecido somente em troca de um progresso substancial nas reformas".

O presidente do Bundesbank tamb�m expressou "receios" com um dos aspectos do novo pacote de financiamento para a Gr�cia aprovado pela zona do euro na semana passada. Segundo ele, permitir ao pa�s emitir mais t�tulos de curto prazo para se financiar pode fazer do BCE uma fonte de recursos para o governo grego, j� que esses pap�is s�o amplamente utilizados pelos bancos locais como colateral nas opera��es com o banco central da zona do euro.

Ele tamb�m voltou a criticar o novo programa de compras de b�nus do BCE, chamado Transa��es Monet�rias Completas (OMT, na sigla em ingl�s). Segundo Weidmann, o pedido da Espanha de uma garantia do banco central de que o yield dos b�nus soberanos seria mantido abaixo de um certo n�vel "mostra as expectativas que n�s criamos".

"Uma meta para os juros dos b�nus soberanos levaria � completa subjuga��o da pol�tica monet�ria pela pol�tica fiscal", comentou Weidmann. Ele ainda afirmou que a promessa do BCE de suspender as compras de b�nus se um pa�s n�o cumprir as promessas feitas "� um problemas n�o resolvido", j� que n�o existe um plano sobre como lidar com esses pa�ses. As informa��es s�o da Dow Jones.