A crise econ�mica internacional deixou 13 milh�es de mulheres sem emprego, segundo o relat�rio Tend�ncias Mundiais de Emprego das Mulheres 2012, divulgado hoje pela Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT). Devido � crise, h� cerca de 29 milh�es de pessoas desempregadas no mundo e estima-se que outras 2,5 milh�es dever�o entrar nessa situa��o em 2013.
A OIT identificou que a taxa de desemprego entre as mulheres era 0,7 ponto percentual maior que a dos homens, depois de 2009, ano da crise: 6,4% das mulheres no mundo est�o desempregadas, contra 5,7% dos homens. Entre 2002 e 2007, a diferen�a era de 0,5 ponto percentual – 5,8% de mulheres desempregadas e 5,3% de homens. A OIT n�o espera redu��o desses �ndices antes de 2017. No total, h� cerca de 1,3 bilh�o de mulheres no mercado de trabalho, aproximadamente 39% das 3,3 bilh�es de pessoas trabalhando atualmente.
“Embora as mulheres contribuam para a economia e a produtividade em todo o mundo, continuam enfrentando muitos obst�culos que lhes impedem realizar seu pleno potencial econ�mico. Isso n�o somente inibe as mulheres, mas tamb�m representa um freio ao rendimento econ�mico e ao crescimento”, explicou, em nota, a diretora executiva da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) Mulheres, Michelle Bachelet, que contribuiu com o relat�rio.
A OIT tamb�m identificou uma forte migra��o das mulheres para o setor de servi�os, tanto em pa�ses desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Nos desenvolvidos, elas sa�ram da ind�stria; nos em desenvolvimento, da agricultura. Essa informa��o indica a segrega��o setorial das mulheres nos servi�os. Os dados da organiza��o apontam que metade das mulheres no mundo trabalha com servi�os, um ter�o na agricultura e um sexto na ind�stria. Nos pa�ses desenvolvidos, cerca de 85% das mulheres se concentram nas �reas da sa�de ou da educa��o. Para a OIT, isso indica que as mulheres est�o mais limitadas em suas escolhas de emprego.
Sobre a participa��o da mulher no mercado de trabalho, a organiza��o informa que os �ndices de desenvolvimento n�o s�o suficientes para explicar a disparidade entre alguns pa�ses. Na Jord�nia, por exemplo, a participa��o foi a menor identificada em 2012: apenas 16% das mulheres no pa�s trabalham. Na Tanz�nia, por outro lado, chega-se a 90%. Os dois extremos s�o considerados pa�ses em desenvolvimento. No Brasil, 60% das mulheres est�o no mercado trabalho. A m�dia mundial chega a 39,9%.
Para superar essas quest�es, a OIT citou a melhoria da infraestrutura em geral (como o acesso � eletricidade, �gua, saneamento e transporte), o fornecimento de servi�os de creches e escolas, o equil�brio das responsabilidades familiares entre homens e mulheres e a melhoria dos direitos trabalhistas para as mulheres (como licen�a maternidade remunerada e a estabilidade durante e ap�s a gravidez).