Terminou sem acordo a reuni�o entre os trabalhadores e as empresas do setor a�reo na tarde de hoje sobre reajuste salarial da categoria. A proposta oferecida aos empregados ser� avaliada amanh� em assembleias marcadas para as 13h em v�rios estados. Mas o presidente da Federa��o Nacional dos Trabalhadores em Avia��o Civil (Fentac), Celso Klafke, adiantou que, se n�o houver melhora nos termos oferecidos, a tend�ncia � que haja paralisa��o de advert�ncia amanh�.
“N�s insistimos em ter algum tipo de ganho real [acima da infla��o]. O tempo que podemos dar para o sindicato patronal � at� amanh�. N�o houve qualquer avan�o na proposta. Eles querem dar o INPC [�ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor] para quem ganha o menor piso, 4,5% para os trabalhadores que recebem at� R$ 3 mil, 3% at� R$ 5 mil e, acima disso, 1,5%. Se esta proposta se mantiver, a decis�o dos trabalhadores � desencadear uma greve no setor, a partir das assembleias de amanh� � tarde”, avisou Klafke, na sa�da da reuni�o, ocorrida na sede do Sindicato Nacional das Empresas Aerovi�rias (Snea).
Klafke n�o soube precisar quais aeroportos seriam mais afetados se a paralisa��o for decretada, mas explicou que o sistema a�reo brasileiro trabalha em rede – e o que acontece em um aeroporto reflete nos demais. Nesse caso, poder�o ocorrer atrasos e at� cancelamentos de voos.
O representante do Snea, Odilon Junqueira, disse que h� possibilidade das empresas revisarem a proposta at� amanh�. Segundo ele, os trabalhadores propuseram 7% de reajuste geral, o que ser� examinado pelas companhias a�reas, que enviaram representantes para a reuni�o.
“As empresas far�o o que � poss�vel at� amanh�. Os sindicatos dos aeronautas e aerovi�rios deixaram [proposta de] um reajuste de 7% para todas as categorias. Sendo que os aerovi�rios pediram ainda que os pisos sejam reajustados em 10%”, disse Junqueira.
Ele ressaltou, por�m, que as companhias a�reas passam por um momento de extrema dificuldade, o que torna dif�cil a concess�o de reajustes com ganho acima da infla��o.
“As empresas a�reas, desde o in�cio das negocia��es, t�m sido enf�ticas em afirmar que, tendo em vista os preju�zos econ�micos muito grandes que tiveram ao longo do ano de 2012, com o c�mbio, que � muito elevado, o pre�o do combust�vel, que no Brasil � absurdo, e o custo dos impostos que incidem sobre a avia��o, elas n�o t�m a menor condi��o de conceder aumento real de sal�rio”, frisou Junqueira.