Paris – A presidente Dilma Rousseff disse ontem em Paris que deseja construir mais de 800 aeroportos regionais no pa�s em cidades de at� 100 mil habitantes. Em Minas, h� 24 munic�pios com mais de 100 mil habitantes e sete entre 80 mil e 100 mil habitantes. “Pretendemos ter um programa muito forte de aeroportos regionais. Queremos que cidades de at� 100 mil habitantes tenham aeroportos no m�ximo a uma dist�ncia de 60 quil�metros. Queremos construir mais de 880 aeroportos regionais”, disse Dilma em seu discurso, no semin�rio Desafios e Oportunidades de uma Parceria Estrat�gica, na sede do Movimento de Empresas Francesas (Medef), principal organiza��o patronal da Fran�a.
A presidente garantiu a continuidade das licita��es dos aeroportos nos moldes j� feitos em S�o Paulo e Bras�lia, com 51% para a iniciativa privada e 49% para a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu�ria (Infraero). Dilma confirmou para hoje o lan�amento do edital de licita��o do trem-bala. Segundo a presidente, o Brasil � um dos pa�ses, al�m da China, que mais ter�o de investir na constru��o de ferrovias.
O trem-bala entre Rio, S�o Paulo e Campinas, que ter� a primeira fase de licita��o – de tecnologia – lan�ada hoje, foi citado como um dos investimentos importantes de seu governo. “E, sobretudo, temos de ter uma imensa aten��o, uma imensa dedica��o com os nossos portos. Reduzir os gargalos � uma forma de dizer que n�s queremos tornar mais eficiente na atividade produtiva toda a estrutura de distribui��o de produtos”, acrescentou.
A presidente classificou como um dos maiores desafios atuais para o Brasil o desenvolvimento de sua competitividade, por meio de uma estrat�gia de est�mulo da economia e, ao mesmo tempo, da preserva��o dos direitos sociais no pa�s. O principal instrumento para atingir essa meta seria a redu��o do custo Brasil. “Temos uma grande preocupa��o em reduzir o custo que significa produzir no Brasil. Mas n�o � o custo tradicional. N�s queremos competitividade, o que � bem diferente daquela �poca em que se olhava para o Brasil e se falava: ‘Ah, o custo Brasil. � porque a d�vida soberana do Brasil est� 2.153 pontos acima do que pagam as notes americanas’. Isso n�o � nosso problema. Ningu�m que tem US$ 378 bilh�es tem esse tipo de problema”, declarou Dilma .
REDU��O NO PRE�O DO G�S Depois de agir para reduzir o custo da energia el�trica para as fam�lias e empresas, o governo parece que j� tem um novo alvo para os pr�ximos meses: o pre�o do g�s. Em duas declara��es feitas na manh� de ontem, em Paris, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, sinalizaram que o governo parece descontente com o assunto.
Logo pela manh�, Pimentel disse a um grupo de empres�rios franceses que “o mesmo esfor�o da energia ser� usado para reduzir o pre�o do g�s”. “Isso exige algumas medidas na Petrobras, mas isso ser� feito. O pr�ximo passo nessa dire��o j� est� planejado”, afirmou durante palestra organizada pelo Medef.
Ao lado do presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Robson Andrade, Pimentel disse que Minas poderia ajudar nesse esfor�o de reduzir o custo do g�s no Brasil. “Com certeza, o fato de termos grandes reservas de g�s de xisto vai nos ajudar", comentou. Em entrevista coletiva, o ministro da Fazenda foi na mesma linha de Pimentel: “Temos de encontrar uma solu��o para reduzir o custo do g�s de alguma maneira", disse Mantega.
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Dilma quer mais 800 aeroportos no Brasil
Presidente anuncia plano para construir terminais regionais em munic�pios com at� 100 mil habitantes em todo o Brasil
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