Faturamento da ind�stria el�trica e eletr�nica cresce abaixo da expectativa do setor

O faturamento da ind�stria el�trica e eletr�nica cresceu 5% em 2012 na compara��o com o ano anterior, chegando a R$145 bilh�es, de acordo com balan�o divulgado hoje pela Associa��o Brasileira da Ind�stria El�trica e Eletr�nica (Abinee). Entretanto, segundo a entidade, os n�meros chegam a ser frustrantes, j� que a expectativa era aumento de 13%. A produ��o caiu 8%.

De acordo com os dados, a participa��o das importa��es alcan�ou 21,6% contra 21,0% em 2011. As �reas relacionadas a bens de capital para uso industrial registraram crescimento de 8% para automa��o industrial e 3% para equipamentos industriais. O baixo desempenho foi registrado ainda nas �reas de inform�tica (0%) e material el�trico de instala��o (-3%). Componentes el�tricos e eletr�nicos registraram eleva��o (2%), assim como as telecomunica��es (14%).

As exporta��es ficaram 5% abaixo de 2011, alcan�ando faturamento de US$ 7,8 bilh�es. Mas quando calculado em reais, o faturamento registrou crescimento de 11%. O principal fator que contribuiu para a queda das exporta��es foi a queda das vendas em 23% para a Argentina, um dos principais mercados brasileiros.

Em 2012, o setor empregou 183 mil pessoas, 3 mil a mais do que em 2011. Segundo os dados, em 2011 o aumento de postos de trabalho com rela��o ao ano anterior foi de 6 mil funcion�rios e em 2010 foi de 15 mil.

De acordo com o gerente do Departamento de Economia da Abinee, Luiz C�sar Elias Rochel, na �rea de telecomunica��es observa-se uma queda de 25% na vendas de telefones celulares tradicionais para dar lugar ao aumento de 78% nas vendas dos smartphones, o que contribuiu para o resultado positivo.

“No ano passado foram vendidas 9 milh�es de unidades de smartphones e neste ano devem ser 16 milh�es. A previs�o � que, no ano que vem, esse aumento seja de 63%”. Ele destacou que a participa��o dos smartphones nas vendas de celulares passou para 27% em 2012 e deve alcan�ar 40% do mercado em 2013.

O presidente da Abinee, Humberto Barbato, ressaltou que o setor n�o est� t�o otimista com rela��o ao mercado, apesar de existir um ambiente de governo mais receptivo � ind�stria. “A presidenta Dilma Rousseff voltou a colocar a ind�stria como uma das prioridades do pa�s e isso tem sido muito importante, mas em fun��o da conjuntura internacional o otimismo fica prejudicado”.

Barbato disse que, ao mesmo tempo em que os n�meros do faturamento cresceram, � preciso avaliar os n�meros do IBGE de produ��o industrial. “A� ficamos preocupados, porque os n�meros n�o s�o t�o bons assim. O que significa que a maior parte das ind�strias passou a importar para pode participar do mercado”.

Para 2013, as perspectivas s�o de eleva��o de 8% no faturamento, que deve alcan�ar R$ 156,7 bilh�es. As exporta��es devem crescer 4%, com US$ 43,6 bilh�es, e o d�ficit comercial deve aumentar 6%, chegando a US$ 35,5 bilh�es. O n�mero de trabalhadores deve chegar a 187 mil, 4 mil acima de 2012. Os investimentos est�o estimados em US$ 4,6 bilh�es, 2,9% do faturamento do setor.