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Estado de Minas

Ficou mais dif�cil juntar o 1� milh�o; Selic e infla��o influenciam

Em 2002, aplicando R$ 3 mil ao m�s em CDI, bastariam 11 anos para juntar bolada. Hoje, s�o 16 anos.


postado em 16/12/2012 00:12 / atualizado em 16/12/2012 07:21

A secretária Graziele Leal pensa no futuro e poupa 50% do que ganha:
A secret�ria Graziele Leal pensa no futuro e poupa 50% do que ganha: "� necessidade" (foto: (Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 6/11/12))
Se quiserem garantir uma aposentadoria tranquila ou aumentar o seu patrim�nio, os brasileiros ter�o que se esfor�ar para aumentar o percentual de sua renda destinado �s economias e arriscar mais o seu pesco�o. Desde que a taxa b�sica de juros (Selic) – refer�ncia para a remunera��o da renda fixa – come�ou a baixar, est� cada vez mais dif�cil dobrar o capital ou formar aquele primeiro rico milh�ozinho. A mudan�a j� obriga os investidores a buscarem ajuda especializada para gerir seus recursos fora da rede dos grandes bancos. Em 2002, o ganho real do CDI, descontada a infla��o, foi de 6,54%. Hoje, ele alcan�a apenas 1,41%, considerando a Selic atual (7,25%) e uma infla��o de 5,84% acumulada nos �ltimos 12 meses.

H� uma d�cada, os brasileiros que quisessem dobrar o poder de compra do seu capital aplicado em renda fixa, sem fazer aportes, levariam 11 anos para alcan�ar o seu objetivo. Hoje, para fazer o mesmo, seriam necess�rios 50 anos. Para dobrar apenas o volume do capital, sem garantir o poder de compra, o prazo passou de quatro para 10 anos. Os c�lculos foram feitos com base num rendimento de 100% do CDI de 2002 pela V10 Investimentos, a pedido do Estado de Minas. Ainda segundo a V10, em 2002, para atingir o primeiro milh�o aplicando R$ 3 mil ao m�s seriam necess�rios 11 anos. Em 2012, mantidas as taxas de juros atuais, com a mesma reserva mensal, o tempo para juntar a bolada passou para 16 anos.

“Poucas pessoas conseguem poupar essa quantia por m�s. Em m�dia, no Brasil, os investidores poupam entre 10% e 20% de sua renda mensal. Isso quer dizer que quem poupa R$ 3 mil tem renda entre R$ 15 mil e R$ 30 mil”, diz Lucas Roque Castro, s�cio da V10 Investimentos. De acordo com ele, se quiser manter uma atitude conservadora em mat�ria de investimentos, o brasileiro ter� que aceitar ganhar menos, com o risco de obter rendimentos negativos ao fim do per�odo de um ano. “A sa�da ser� diversificar e fazer um esfor�o maior para poupar.”

Lucas Castro, da V10 Investimentos: investidor conservador tem que aceitar ganhos menores (foto: (Jackson Romanelli/EM/D.A Press - 27/7/11) )
Lucas Castro, da V10 Investimentos: investidor conservador tem que aceitar ganhos menores (foto: (Jackson Romanelli/EM/D.A Press - 27/7/11) )
POUPAN�A � o que vem fazendo a secret�ria de dentista Graziele Duarte Leal, que n�o conhece outras op��es de investimentos al�m da caderneta de poupan�a, mas aumentou a parcela de sua renda destinada �s economias para 50% do que ganha. “� uma necessidade, a gente n�o sabe o dia de amanh�. H� dois anos consigo poupar metade do meu sal�rio, mas sei que terei que guardar mais se quiser ter tranquilidade no futuro."

Corretoras e bancos diversificam foco

Nas corretoras de valores, que at� ent�o estavam acostumadas a lotar as salas de palestras sobre investimentos com temas voltados para o mercado de capital, o cen�rio tamb�m mudou. “Hoje, o foco s�o as op��es mais rent�veis na renda fixa.” Numa apresenta��o realizada pela Ativa na semana passada em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, o tema atraiu mais de uma centena de pessoas, o que era impens�vel no passado. “Quando se chega ao ponto de uma poupan�a render 5,07% ao ano contra infla��o estimada em 5,30%, todo mundo quer saber para onde correr”, diz Leonardo Lima, economista da Ativa.

O movimento � t�o forte que, em setembro, o Banco do Brasil lan�ou um fundo imobili�rio para promover investimentos em 94 im�veis de sua propriedade, entre 26 ag�ncias banc�rias e im�veis de ocupa��o mista, como edif�cios com ag�ncias e outras reparti��es do banco, al�m de im�veis residenciais que podem ser usados como apartamentos funcionais. A demanda foi 10 vezes superior � oferta. “A meta era alcan�ar R$ 1,6 bilh�o, mas, para cada R$ 100 ofertados pelos investidores, s� R$ 10 conseguiram ser realmente alocados”, explica Arnaldo Curvello, s�cio- diretor da Ativa para a �rea de gest�o de recursos.

Luiz Cl�udio Silva, analista de sistemas, empres�rio e investidor, come�ou a alterar o seu perfil de investimentos a partir da redu��o da Selic neste ano, � medida que os fundos de renda fixa foram deixando de ser compensadores, principalmente nos grandes bancos. “Percebi que havia oportunidades em bancos de menor porte, mais agressivos, mas tamb�m mais arriscados. Mudei para a renda fixa atrelada ao �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA). A rentabilidade � muito maior”, diz.

Segundo o empres�rio, com isso, a rentabilidade que era de 9% ao ano saltou para at� 28%. “Pesquisei, olhei o mercado, busquei orienta��o. � preciso ficar ligado.” Para ele, com o atual patamar de juros b�sicos na economia brasileira, n�o d� mais para ficar acomodado nas aplica��es tradicionais da renda fixa e do CDB. “Voc� tem que ser mais din�mico e sair procurando no mercado ativos mais rent�veis”, ensina. (ZF)


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