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Estado de Minas

Leit�o desbanca o peru na ceia de natal dos mineiros

Vendas de leit�o, o preferido dos mineiros, registram aumento de mais de 80% neste m�s. Estado � l�der no consumo de carne su�na no pa�s, com 25 quilos ao ano por pessoa


postado em 16/12/2012 00:12 / atualizado em 16/12/2012 07:12

No Xapuri, encomendas da versão à pururuca em dezembro pulam de 12 para 180, ao custo de R$ 300 a R$600(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
No Xapuri, encomendas da vers�o � pururuca em dezembro pulam de 12 para 180, ao custo de R$ 300 a R$600 (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Na mesa do mineiro, quem canta de galo � o leit�o � pururuca. Rei da ceia de Natal, a iguaria n�o perde a majestade e chega a ofuscar o festivo peru. O su�no, que pode vir recheado com farofa e decorado com frutas da �poca, tem garantido seu reinado ao longo das gera��es e incendeia as vendas do com�rcio. A demanda � t�o forte neste m�s que para facilitar a vida do consumidor restaurantes lucram entregando o leit�o pronto para a festa. No pa�s, Minas � o estado que mais consome carne su�na, s�o 25 quilos ao ano por habitante, contra m�dia nacional de 15 quilos por brasileiro. O Natal certamente tem grande peso nessa conta, j� que neste m�s as vendas no com�rcio chegam a crescer mais de 80%.


Rog�rio Belo, dono da Feijoada de Minas no Mercado Central, h� 16 anos vem registrando recordes nas vendas de dezembro. No Natal, os leit�es assumem a lideran�a na demanda do consumidor, tornando-se o carro-chefe do neg�cio. A procura � t�o forte que ele inovou oferecendo, al�m do porco inteiro, a leitoa desossada e temperada, pronta para ir ao forno. Esse ano, o quilo do produto est� cerca de 12% mais caro se comparado ao Natal de 2011, mas o pre�o em alta n�o faz o mineiro mudar o card�pio. “Nesse Natal, nossa expectativa � vender 2 mil leit�es”, calcula Belo. Se fechado o n�mero, o crescimento nas vendas vai ser de 20%. “No ano que vem, vamos come�ar a oferecer o leit�o assado.”

A alta da demanda no fim do ano sustenta os pre�os no mercado. Enquanto em junho o quilo do animal vivo despencou para o produtor, chegando a R$ 2,10, abaixo do custo de produ��o de R$ 2,90, em dezembro a recupera��o alcan�ou recorde hist�rico – o quilo do animal vivo alcan�ou R$ 4. “Observando a demanda, acreditamos que os pre�os ficar�o est�veis at� o fim de janeiro, o que n�o � comum de ocorrer no in�cio do ano”, diz Jos� Arnado Penna, coordenador da comiss�o de suinocultura da Federa��o da Agricultura de Minas Gerais (Faemg). Segundo ele, o cen�rio � de mercado firme, mas n�o h� riscos de desabastecimento. “Estamos com a oferta bem ajustada � demanda.” Em Minas, a produ��o de carne su�na chega a 400 mil toneladas por ano, ante 3,5 milh�es no pa�s.

MESA FARTA No Restaurante Xapuri, especializado em culin�ria mineira, o leit�o reina absoluto em dezembro. Para ter ideia, durante o ano, as encomendas pelo prato giram em torno de uma d�zia por m�s. No m�s do Natal, o n�mero d� um salto. “Vamos atender cerca de 180 encomendas”, conta a gerente de marketing, Ana Paula Rancanti. Ela informa que o leit�o decorado e recheado com farofa custa entre R$ 300 e R$ 600, servindo de quatro a 25 pessoas. Sem fugir � tradi��o, a segunda maior encomenda do restaurante � pelo pernil su�no. “O peru tamb�m � bem requisitado, mas fica em terceiro lugar”, diz Ana Paula.

Neste ano, o Grupo Meet, que tem entre as empresas a Churrascaria Porc�o, vai oferecer a ceia do Natal na casa do consumidor. O propriet�rio Fernando J�nior observa que o leit�o � pururuca est� na cultura do mineiro. A ceia feita pela empresa custa a partir de R$ 100 por pessoa e, segundo o empres�rio, vai ter o suino no centro da mesa. “� um peso muito forte na gastronomia mineira.”

Faturando com os assados

Rogério Belo está feliz da vida com os negócios: %u201CNeste Natal, nossa expectativa é vender 2 mil eitões%u201D(foto: EULER JÚNIOR/EM/D.A PRESS)
Rog�rio Belo est� feliz da vida com os neg�cios: %u201CNeste Natal, nossa expectativa � vender 2 mil eit�es%u201D (foto: EULER J�NIOR/EM/D.A PRESS)
Nem s� de panetones, rabanadas e produtos de confeitaria ser� feito o Natal das padarias de Belo Horizonte. De olho na demanda dos clientes por agilidade no dia da ceia, os estabelecimentos preparam suas equipes e fornos e ampliam os servi�os ao assar carnes para a data, engordando o faturamento. Mas o conforto tem o seu pre�o e para n�o ser surpreendido por valores que se assemelham aos pagos pelas pe�as de carne, o consumidor deve pesquisar antes de solicitar o servi�o.

Nas padarias, os pre�os cobrados pelo servi�o chegam a ter varia��o de 300%, como no caso de se assar um chester, onde o cliente pode desembolsar de R$ 10 a R$ 40. Depois do chester, o pre�o do servi�o com o maior varia��o foi para o lombo, que custa de R$ 24,90 a R$ 85, variando 241,37%. J� o servi�o para o peru teve uma varia��o de 60%, custando de R$ 25 a R$ 40. Para assar um pernil, o consumidor pode pagar de R$ 28 a R$ 56, varia��o de 100%, e um leit�o de R$ 40 a R$ 75, varia��o de 87,50%. Os dados s�o da pesquisa do site Mercado Mineiro. J� na compara��o com o ano passado, o pre�o m�dio do quilo cobrado para assar os produtos no per�odo de dezembro, subiu em diversos assados. O principal avan�o veio no pre�o cobrado para o pernil, de R$ 33,85 para R$ 41,92, aumento de 23,84% (veja quadro).

VAPOR Nas padarias, os pedidos j� seguem a todo vapor. Nas unidades da Big P�o e Roma, fica por conta do cliente levar a carne que pretende assar. Nelas, o servi�o custa entre R$ 20 e R$ 60, variando de acordo com a carne escolhida. “Quanto mais lento � o preparo, maior � o pre�o porque gastamos mais energia e g�s”, explica o gerente da Big P�o Luxemburgo, Jos� Aparecido da Silva.


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