
Do assento, que faz as vezes de parada de �nibus ou local de prosa para os moradores, ele fala que perdeu as contas de quantas pessoas morreram atropeladas enquanto tentavam atravessar a rodovia que corta o povoado. As trag�dias s� pararam de ocorrer quando a popula��o do lugarejo invadiu a pista para protestar.
"Parei de contar (o n�mero de mortos) no vig�simo terceiro. Conhecia os que morreram e fui ao enterro de todos. Os carros passavam em alta velocidade e a prefeitura s� construiu os quebra-molas depois que invadimos a rodovia", recorda. Atento ao notici�rio que acompanha pelo r�dio e pela televis�o religiosamente toda manh�, Paiva aguarda, com ansiedade, as obras de duplica��o dos 936,7 quil�metros da BR-040, que ser�o concedidos � iniciativa privada em leil�o previsto para janeiro de 2013.
Conforme o professor de engenharia de tr�fego da Universidade de Bras�lia (UnB) Paulo Cesar Marques, a qualidade das rodovias privatizadas, aliada � estrutura administrada pelas concession�rias para prestar socorro e suporte aos usu�rios, reduziu o n�mero de mortes e acidentes nesses trechos. "Temos visto uma redu��o nos �ndices de acidentes divulgados pelo governo", destaca.
Al�m da expectativa de crescimento nos n�veis de seguran�a por parte de quem mora �s margens ou trafega pelos 936 quil�metros da BR-040 que ser�o privatizados, a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) avalia que a concess�o ser� positiva. O coordenador-geral de opera��es PRF, inspetor Jos� Roberto �ngelo, espera que com esse processo ocorram melhorias nas sinaliza��es, na qualidade das pistas e nos servi�os prestados � popula��o.