O secret�rio de Energia El�trica do Minist�rio de Minas e Energia, Ildo Gr�dtner, disse que a incid�ncia de raios na regi�o da usina hidrel�trica de Itumbiara, na divisa entre Goi�s e Minas Gerais, no s�bado, pode ser uma das causas do apag�o que atingiu 12 Estados do Pa�s naquele dia. "No momento da perturba��o, ocorria realmente uma incid�ncia de raios na regi�o. Isso pode estar associado ao desligamento, mas isso ainda est� em an�lise", afirmou.
Segundo o secret�rio, o problema teve in�cio na subesta��o de Itumbiara e causou o desligamento das m�quinas da usina. "A subesta��o da usina � parte integrante da rede b�sica de transmiss�o e ela foi desligada, desconectando a usina, pois as m�quinas s�o ligadas a essa subesta��o", afirmou.
A diferen�a, em rela��o aos apag�es anteriores, � que a subesta��o de Itumbiara est� associada a uma usina. "� uma subesta��o da rede b�sica conectada � usina, s� que os desligamentos que ocorreram nessa subesta��o desligaram as m�quinas da usina."
Gr�dtner disse que o pente-fino que o governo est� fazendo no sistema de transmiss�o n�o foi feito na subesta��o de Itumbiara. Segundo ele, em um primeiro momento, o governo vai analisar as subesta��es de transmiss�o e, em outra etapa, as subesta��es de gera��o - como a de Itumbiara. "Isso deve ser aplicado futuramente � subesta��o de Itumbiara."
Gr�dtner admitiu que o desligamento do sistema foi "razoavelmente grande" e disse que o ministro de Minas e Energia Edison Lob�o, est� "bastante incomodado" com as perturba��es que t�m ocorrido no sistema - foi o sexto apag�o desde o fim de setembro. Entre as a��es determinadas para que essas ocorr�ncias n�o voltem a acontecer est� a aplica��o do protocolo de verifica��o dos sistemas de prote��o.
O secret�rio descartou a hip�tese de que a causa dessa sequ�ncia de apag�es seja um problema de infraestrutura ou de falta de investimentos. Ele disse ainda que, provavelmente, a causa do apag�o do �ltimo s�bado nada tem a ver com a dos apag�es anteriores.
"N�o � que seja coincid�ncia, mas estamos sujeitos a perturba��es e n�o gostamos que ocorram. Trabalhamos constantemente para que isso n�o se repita ou ocorra, mas � imposs�vel dizer que n�o vai ocorrer", afirmou. "Em princ�pio, realmente h� uma sequ�ncia ruim de perturba��es que tivemos no sistema interligado."
O secret�rio disse que a configura��o da subesta��o separou o sistema Norte/Nordeste e Centro-Oeste do sistema Sul/Sudeste. "Como est�vamos recebendo energia do Norte/Nordeste, com a perda da usina, houve um d�ficit de gera��o no sistema Sul/Sudeste. Consequentemente, houve um corte autom�tico de carga de modo a restabelecer o equil�brio entre gera��o e carga."