As sa�das de d�lares do pa�s superaram as entradas, neste m�s, at� a �ltima sexta, em US$ 4,215 bilh�es, informou hoje o Banco Central (BC). Em novembro, o fluxo cambial fechou positivo (mais entrada que sa�da) em US$ 4,876 bilh�es.
O saldo negativo veio tanto do fluxo financeiro (investimentos em t�tulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras opera��es), com US$ 1,648 bilh�o, quanto do comercial (opera��es relacionadas a exporta��es e importa��es), com US$ 2,567 bilh�es.
Segundo o chefe do Departamento Econ�mico do BC, Tulio Maciel, no final do ano “as oscila��es [nos resultados do fluxo] s�o normais”. Maciel explicou que nesse per�odo, as remessas de lucros e dividendos do Brasil para o exterior s�o maiores. Al�m disso, os gastos com viagens internacionais, transportes e alugu�is de equipamentos aumentam. Maciel acrescentou ainda que o “desempenho da balan�a comercial est� abaixo do observado no ano passado”, com aumento de importa��es. Segundo Maciel, o saldo negativo tamb�m sofreu influ�ncia de importa��es feitas pela Petrobras.
Hoje, o BC adotou medida que facilita a amplia��o de liquidez (recursos dispon�veis) de d�lares no pa�s ao publicar circular que altera o recolhimento compuls�rio, recursos que os bancos s�o obrigados a deixar depositados no BC, sobre a posi��o vendida de c�mbio.
Com a medida, o BC facilitou a posi��o vendida de c�mbio, que ocorre quando as institui��es financeiras apostam na queda da moeda norte-americana no mercado futuro. Pela nova regra, toda vez que a posi��o vendida de c�mbio ultrapassar US$ 3 bilh�es, 60% do excedente ser�o recolhidos como dep�sito compuls�rio. Ao definir o limite de US$ 3 bilh�es, o BC retornou � regra anterior, estabelecida em janeiro de 2011. Em julho do ano passado, o BC tinha reduzido para US$ 1 bilh�o. A nova regra vale a partir do pr�ximo dia 20.
De acordo com o BC, em novembro, a posi��o de c�mbio dos bancos era comprada (indicava expectativa de alta do d�lar) em US$ 914 milh�es. Em dezembro, at� o dia 14, a posi��o se inverteu para vendida em US$ 3,651 bilh�es.
No �ltimo dia 4, o BC adotou outra medida que tamb�m pode ampliar a quantidade de d�lares dispon�veis no pa�s e influenciar a taxa de c�mbio, em alta. O BC ampliou o prazo de opera��es de pagamento antecipado (PA) de exporta��es. O prazo para fazer a antecipa��o, em rela��o � data do embarque da mercadoria ou da presta��o do servi�o, passou de 360 dias para 1,8 mil dias (cinco anos). O BC informou que fez uma avalia��o do mercado e percebeu que essas opera��es estavam em falta no mercado, mesmo com o aumento da demanda.
No �ltimo dia 22, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o Brasil n�o tem qualquer objetivo formal ou informal para a taxa de c�mbio, mas poderia adotar medidas para resolver a “quest�o tempor�ria de liquidez na virada do ano”. De acordo com Tombini, no final do ano, a oferta de d�lares costuma ser menor do que a demanda, mas esse movimento tende a se reverter no in�cio do pr�ximo per�odo.