O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), Hermes Chipp, disse hoje que o pa�s n�o tem como fazer todas as obras recomendadas para garantir a seguran�a energ�tica, sob pena de elevar o custo de tarifa. Segundo ele, os relat�rios do ONS recomendam a execu��o de mais obras de seguran�a.
“A Aneel [Ag�ncia Nacional de Energia El�trica] n�o pode colocar todas as obras recomendadas ao mesmo tempo porque, se n�o, a tarifa vai l� para cima. Tem que pegar as mais importantes e buscar um equil�brio entre seguran�a e custo”, explicou.
As obras mais importantes, segundo ele, s�o as que est�o indicadas no relat�rio da Copa do Mundo de 2014, mas n�o apenas por causa do evento esportivo. “Algumas obras precisam ser feitas, independentemente da Copa, para prover as cidades-sede de uma seguran�a adicional”.
Chipp comparou a execu��o de obras de seguran�a � contrata��o de seguro para autom�vel. “Tem gente que faz um seguro total ou parcial, e a franquia varia. Quanto mais caro voc� paga, mais seguro voc� tem. � esse equil�brio que a ag�ncia reguladora e o poder concedente avaliam”.
O diretor tamb�m defende o aumento do n�mero de termel�tricas no pa�s, especialmente as regionais, para evitar as quedas no fornecimento de energia. “N�o significa que eu vou gastar a termel�trica todo o tempo. Tem que ter o pulm�o para n�o faltar [energia]. Se forem nos centros de carga [locais de maior consumo], melhor, porque n�o depende tanto de linhas de transmiss�o”.
Segundo ele, a opera��o no Brasil tem maior risco, porque a gera��o de energia est� geralmente longe dos centros de carga, o que exige um grande n�mero de linhas de transmiss�o.
Depois da interrup��o no fornecimento de energia que deixou cerca de 2 milh�es de consumidores sem luz na noite de s�bado (15), Chipp disse que o governo vai determinar uma varredura nas subesta��es de energia mais antigas e que est�o em situa��o mais cr�tica.