As pessoas com n�vel superior t�m mais medo do desemprego do que as pessoas com n�veis mais baixos de escolaridade. De acordo com a pesquisa Term�metros da Sociedade Brasileira, da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), divulgada hoje, o medo de ficar desempregado entre brasileiros com diploma universit�rio, referente a novembro de 2012, � 81,9 pontos, bem acima da m�dia brasileira, de 74,5 pontos. No caso de pessoas com escolaridade entre os ensinos fundamental e m�dio, o �ndice varia entre 72,8 e 75,1 pontos.
Para essa pesquisa, a CNI usa como par�metro o ano de 2003, quando o �ndice foi fixado em 100 pontos. A partir da�, o medo do desemprego � medido de acordo com a varia��o em rela��o a esse ano.
Professor de administra��o da Universidade de Bras�lia (UnB) e especialista em mercado de trabalho, Jorge Pinho diz que o medo do desemprego entre as pessoas de ensino superior deriva da pr�pria educa��o e da no��o da situa��o atual no mundo. “Quando se tem a consci�ncia de como vai o pa�s, da crise que ocorre no momento, � �bvio que fica mais dif�cil ser otimista. Por isso, a pessoa tem mais medo e tenta segurar o emprego que tem, sabendo que n�o � f�cil conseguir outro”.
Para o professor, outro fator que faz que as pessoas com escolaridade mais baixa tenham menos medo de ficar sem emprego � a oferta de trabalho em si. Ele explicou que oportunidades que requerem conhecimentos medianos geralmente est�o mais dispon�veis do que os que t�m requisitos mais altos.
As mulheres, ao lado das pessoas com n�vel superior, est�o entre os brasileiros que mais t�m medo do desemprego, superando o temor dos homens. De acordo com o �ndice identificado pela pesquisa da CNI, o medo de ficar desempregada � 75,1 pontos; 1,2 pontos a mais do que os homens (73,9).
Ontem, a Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT) divulgou o Panorama Laboral 2012 sobre a Am�rica Latina e o Caribe. Mostrou que o desemprego incide na regi�o mais entre as mulheres do que entre os homens. De acordo com a OIT, as mulheres participam menos do mercado do trabalho comparativamente aos homens. Segundo outro estudo da organiza��o, a crise financeira internacional deixou cerca de 13 milh�es de mulheres sem emprego no mundo.