O economista-chefe da MCM, Fernando Genta, ponderou que dificilmente ser� alcan�ada a previs�o de alta do IPCA de 4,8% em 2013, manifestada pelo cen�rio de refer�ncia do relat�rio de infla��o de dezembro. "Mais do que n�o levar em considera��o uma alta da gasolina, que para n�s ficar� pr�xima a 10% na bomba, o Banco Central trabalha com uma hip�tese de super�vit prim�rio cheio ao redor de 3,10% do PIB para o ano que vem", disse. "Contudo, com a continuidade da pol�tica de desonera��es fiscais � muito mais prov�vel que o super�vit ficar� ao redor de 2,5% do PIB", destacou.
Segundo ele, somente a eleva��o do combust�vel deve agregar ao IPCA 0,35 ponto porcentual no pr�ximo ano. Na sua avalia��o, esse fator, mais a poupan�a menor do Or�amento, devem levar aquele �ndice de pre�os oficial para uma marca perto de 5,5% no ano que vem.
De acordo com Genta, as proje��es do BC contidas no cen�rio de refer�ncia que mostram a infla��o ao redor de 5% at� o fim de 2014 indicam que o "Banco Central est� confort�vel com o IPCA" naquele patamar. O relat�rio divulgado nesta quinta-feira mostra que o �ndice deve fechar este ano em 5,7%, baixar para 4,8% no ano que vem e apresentar um incremento de 4,9% em 2014. "Este conforto com a infla��o nestes n�veis est� relacionado ao fato de que o BC tem tamb�m outros objetivos. Al�m do crescimento do PIB, que n�o � uma exclusividade deste Banco Central, h� tamb�m preocupa��o com a taxa de c�mbio", destacou.
De acordo com Genta, para que o BC levasse o IPCA ao centro da meta de 4,5%, seria necess�rio uma dose muito forte de eleva��o de juros ainda no primeiro trimestre de 2013 de 1 ponto porcentual. No entanto, ele n�o acredita que esse aumento v� acontecer, pois estima que a autoridade monet�ria j� deu muito sinais de que manter� a Selic est�vel em 7,25% at� o fim do pr�ximo ano.