Diz o ditado popular que os �ltimos ser�o os primeiros. Em rela��o �s compras de Natal n�o resta d�vida. �queles que deixaram para o dia 24 as compras de presentes foram os primeiros a chegar aos shoppings para conseguir pelo menos uma lembrancinha para as pessoas mais pr�ximas. As portas de acesso aos centros comerciais permaneciam fechadas, mas os retardat�rios j� faziam fila do lado de fora na tentativa de encontrar ambientes mais calmos.
Os irm�os Leonardo e Fernanda Caldeira foram cedinho �s compras, mas, ao entrarem no shopping se depararam com boa parte das lojas ainda fechadas e funcion�rios chegando ao trabalho. Eles foram ao Boulevard Shopping antes de 9h (hor�rio previsto para a abertura) e tiveram que esperar uns minutos para entrar. o lado deles, estava a professora de tric� Luiza Serabion, que comprou ontem presentes para os seis netos, quatro filhos e para uma amiga. Neste m�s, dois bolivianos est�o hospedados na casa dela, o que, somado ao trabalho, impossibilitou que ela fosse antes ao shopping. Ontem n�o teve op��o e, para piorar, dividiu o tempo com os preparativos da ceia. “De manh� � melhor. Fica mais vazio”, afirma.
J� no entorno do com�rcio popular, no Centro da capital, milhares de consumidores faziam a alegria dos lojistas ontem Os shoppings populares Oiapoque e Xavantes amanhecerem com os corredores lotados de compradores de �ltima hora. Ao contr�rio do que ocorreu durante a semana, quando muitos consumidores pesquisaram pre�os e sa�ram sem sacolas, dessa vez a situa��o foi diferente.
Na Rua Curitiba, o movimento na manh� de ontem surpreendeu muitos lojistas. “Est� dif�cil dar entrevista. Estou atendendo quatro pessoas ao mesmo tempo”, afirmou Reginaldo Evangelista, gerente da Ricardo Eletro. Segundo ele, as pranchas para cabelo e os ventiladores lideraram as vendas. “Na noite de quinta-feira, tivemos que fazer reposi��o com 300 ventiladores”, diz.
A recepcionista Jord�nia Carvalho saiu ontem para comprar todos os seus presentes de Natal. “At� tive tempo de comprar antes, mas estava com pregui�a”, diz. Ela comprou uma prancha e faqueiro para a m�e e uma camisa para um amigo. No total, estima gastar R$ 70. Cintia Cristina e Adilson Ara�jo foram olhar uma lembran�a para a m�e e aproveitaram para comprar ventilador. “Imaginamos que o tempo deve continuar quente nos pr�ximos dias”, diz Cintia.
Decep��o na Savassi
Nem mesmo a v�spera de Natal com clima ameno e sem chuva foi suficiente para salvar o Natal na Savassi. Na loja de roupas, sapatos e acess�rios femininos Bel Paolielo, as vendas ca�ram 30% em compara��o com o ano passado, mesmo levando em conta a queda de vendas registrada na regi�o em 2011 por conta das obras de requalifica��o. “Acho que faltou divulga��o. As pessoas n�o sabiam que as lojas estariam abertas, inclusive no domingo”, diz Edmeire Barbosa Fernandes, funcion�ria do estabelecimento. Na Pedra do Sol, o clima era de marasmo total. “A gente esperava um movimento maior por estarmos na Savassi. No domingo, n�o teve movimento nenhum”, disse a vendedora Jaciara Lopes. Na manh� de ontem, a professora Possid�nia Gallo passeava na regi�o, mas j� tinha comprado a maioria dos presentes. “Hoje, s� comprei lembancinhas numa loja de chocolates. As outras compras fiz no shopping”, diz.